Avaliação do presidente Bolsonaro frente à pandemia do coronavírus é estável

A avaliação das medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia do coronavírus se mostrou estável em um levantamento realizado pelo DataPoder 360, na comparação com os dados divulgados há duas semanas. De acordo com a pesquisa, 30% dos brasileiros consideram a gestão do governo federal como ótima ou boa, contra outros 39% de ruim ou péssimo. Já 39% dos entrevistados afirmam que a atuação é regular.

Os dados foram coletados entre os dias 11 e 13 de maio, antes da segunda troca de cadeiras no Ministério da Saúde. Por conta das divergências em relação ao uso da cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19, o ex-ministro Nelson Teich pediu demissão nesta semana depois de apenas 29 dias no cargo.

Já no levantamento realizado entre 27 e 29 de abril, 29% dos entrevistados avaliaram o governo Bolsonaro como ótimo ou boa, contra outros 40% de ruim ou péssimo e 26% regular.

Os maiores índices de aprovação ocorrem entre os homens, moradores das regiões Sul e Centro-Oeste, além de pessoas desempregadas ou sem renda fixa. Do outro lado, a maior rejeição ao presidente está entre as mulheres, pessoas com ensino superior e habitantes do Sudeste e Nordeste.

A avaliação do Congresso Nacional também se manteve estável. Segundo a pesquisa, 15% consideraram a atuação dos senadores e deputados como ótima ou boa, contra outros 47% de regular e 34% como ruim ou péssimo. 

Piora nos governos locais

Enquanto as esferas federais se mantêm sem oscilações, o levantamento detectou uma piora significativa na análise dos brasileiros sobre os governos estaduais e prefeituras, que estão na ponta das ações de combate à pandemia do coronavírus. 

Conforme o levantamento, a avaliação negativa sobre o trabalho dos governadores subiu de 16% para 23% – índice que ainda é menor na comparação com a gestão Bolsonaro. O número de entrevistados que consideram a atuação dos governos estaduais positiva caiu de 45% para 36%. 

Já em relação às prefeituras, a tendência também é de queda no desempenho, com a avaliação positiva caindo de 39% para 35%.

Congelamento de salários

A maior parte dos entrevistados ainda defende o congelamento dos salários entre os funcionários públicos diante do aumento de gastos provocados pela pandemia e da necessidade de conter despesas. Para 56% dos entrevistados, a medida deveria ser aprovada pelos parlamentares. Entre as pessoas com renda acima de 10 salários mínimos, o índice sobe para 81%.