região metropolitana

Barranco cede e soterra casas

Segundo Corpo de Bombeiros, duas pessoas tiveram ferimentos leves; dez imóveis foram inundados

Por CAROLINA CAETANO / SUELLEN AMORIM
Publicado em 29 de março de 2014 | 07:17
 
 
 
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O rompimento de um cabo de energia da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) teria causado um deslizamento de terra que derrubou três casas e alagou pelo menos outras sete, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O incidente aconteceu no início da manhã de ontem, no aglomerado do Bodé, no bairro Célvia. Três pessoas ficaram levemente feridas e dez famílias, desabrigadas ou desalojadas.

De acordo com a Copasa, uma escavação irregular rompeu o cabo de energia responsável por regular as bombas que levam água da parte baixa do bairro à parte alta. O reservatório então começou a dispensar água pelo meio-fio da rua Jorge Dias de Oliva, no topo do aglomerado. Com a retirada de uma parte do meio-fio para uma obra de garagem também irregular, a água começou a encharcar o barranco, que cedeu, derrubando uma árvore e três casas.

Os moradores, por sua vez, alegam que o vazamento de água começou à meia-noite de sexta, por causa do rompimento de uma adutora, mas que às 3h houve um aumento significativo no fluxo de água, levando ao desabamento do barranco por volta de 6h30. Eles ainda disseram que a Copasa e a Defesa Civil foram avisadas ainda na noite de sexta-feira, mas que não tomaram providência.

O gerente da Copasa em Vespasiano, Edvaldo Resende Silva, nega que o rompimento de uma adutora tenha aumentado o fluxo. Ele garante que os problemas, tanto no cabo de energia quanto no meio-fio retirado, já foram sanados e que, mesmo que chova, o risco de novos desabamentos é mínimo. Ele acredita que a situação é atípica e diz que a Copasa irá prestar assistência às famílias. “O barranco será protegido com lona, e o risco de novos desabamentos é mínimo”, garantiu Silva.
Tanto a Defesa Civil quanto a Copasa negam que tenham sido acionadas na sexta-feira. Elas afirmam que só foram chamadas após o barranco ceder.

Atendimento. Os feridos foram encaminhados para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). As famílias obrigadas a deixar suas casas foram atendidas no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) e receberam doações de roupas, colchões e alimentos. Elas aguardam posicionamento da prefeitura e da Copasa, que avaliam danos e a necessidade do pagamento de um aluguel social. Não há ainda informações sobre por quanto tempo os imóveis ficarão interditados ou se eles poderão abrigar novamente as famílias.

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