BH de ponta

Belo Horizonte se destaca em número de patentes e empresas de tecnologia

Capital é segunda do país com maior número de startups; UFMG lidera em patentes

Por Mais Conteúdo
Publicado em 11 de dezembro de 2021 | 05:00
 
 
 
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Segunda cidade com o maior número de startups do Brasil, atrás apenas de São Paulo, e sede de uma das universidades líderes do pedido de patentes do país, Belo Horizonte não é lembrada apenas como a capital dos bares. A cidade também é referência pela inovação, tecnologia e criatividade dos belo-horizontinos, responsáveis pela invenção de muitas coisas que mudaram vidas de brasileiros e de moradores do resto do mundo. 

De acordo com dados do Ranking 100 Open Startups, Belo Horizonte tem 9,5% do total de empresas de tecnologia do país. Além disso, foi na capital mineira que nasceu a primeira comunidade de startups do Brasil, o San Pedro Valley. 

“Belo Horizonte tem uma forte vocação para a pesquisa e a inovação, e uma das responsáveis por isso é a UFMG, que detém uma das estruturas de ciência, tecnologia e inovação mais robustas do país. Mantemos, em parceria com várias instituições, o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec), que abriga vários empreendimentos que transformam o conhecimento gerado na academia em produtos inovadores para a sociedade”, afirma a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida. 

Ela lembra que a universidade liderou os registros de patentes no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) durante a última década. “De um lado, isso comprova nossa capacidade de produzir conhecimento original e inovador e, de outro, a nossa competência para protegê-lo e disponibilizá-lo para a transferência de tecnologia para a sociedade”, diz a reitora. 

A instituição de ensino tem colaborado com a criação de várias alternativas no combate à Covid-19, por exemplo. Uma das patentes nesse sentido foi o exame capaz de detectar nas amostras de urina de pacientes a presença de anticorpos que combatam a doença. 

Outro grupo da universidade tem se dedicado a pesquisar o vírus Marburg, que é transmitido ao homem por morcegos, seus hospedeiros naturais. A disseminação entre humanos se dá por contato direto com fluidos corporais contaminados pelo vírus, como saliva e sangue. 

Foram pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG que conseguiram descrever uma espécie de levedura do gênero Phaffia, até então desconhecida pela ciência. 

A amostra foi coletada no solo da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, em Minas Gerais. O trabalho foi publicado neste ano no “International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology”, da Sociedade de Microbiologia da Inglaterra. A descoberta é importante por possibilitar o uso industrial da espécie, como produtora de um pigmento com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, chamado “astaxantina”. 

Foi na capital mineira que se criou uma vassoura voadora, inspirada em Harry Potter. O veículo, que já passou pela fase de testes, está sendo produzido e, em breve, estará disponível para ser comprado. 

O self-service com balança também “nasceu” em Belo Horizonte. O belo-horizontino Fred Mata Machado, que era dono de um restaurante à la carte, teve a ideia de começar a pesar os pratos para que os clientes pagassem apenas pelo que consumiam. A ideia fez tanto sucesso que passou a ser adotada em outros restaurantes da cidade e depois se espalhou por todo o país. 

 

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