BH abre 30 novos leitos para atendimento exclusivo de pacientes com dengue

Belo Horizonte passou a contar com 30 novos leitos de enfermaria exclusivos para o atendimento de pacientes com sintomas de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) a partir desta segunda-feira (11 de março). Os espaços foram instalados na Unidade de Pronto Atendimento Odilon Behrens, instalada no hospital com o mesmo nome, na região Noroeste da capital. Com a nova estrutura, o município totaliza 182 leitos disponíveis para o enfrentamento à epidemia das doenças.

"Sao quatro consultórios que vão permitir 200 atendimentos por dia, além de 30 leitos que possibilitam 250 internações ao mês. Essa entrega vem num momento oportuno, pois a gente ainda vê uma subida nos casos de dengue no nosso município. É fato que essa subida é menos acelerada quando a gente compara com algumas semanas de fevereiro, mas a gente ainda precisa dessa força", informou o secretário municipal de saúde, Danilo Borges, durante cerimônia de abertura da nova estrutura de saúde.

Segundo o chefe da pasta, o hospital é referência para munícipes e também para pessoas de outras cidades. Por esse motivo, segundo ele, os 30 novos leitos e os quatro consultórios serão um reforço para o combate às doenças.

"Na entrada da Upa existe um fluxo diferenciado de pacientes, que são classificados por grau de risco e são direcionados para um fluxo de atendimento das arboviroses ou fluxo para as demais queixas. Conforme o quadro clínico se encaixa na necessidade de internação, ele sobe para estes leitos", explicou.

Em Belo Horizonte, neste ano, foram confirmados 11.452 casos de dengue, segundo o boletim epidemiológico divulgado na última sexta-feira (8 de março). Outros 48.329 casos são investigados. A capital já confirmou 16 mortes pela doença. O último levantamento também apontou 832 diagnósticos de chikungunya, e outras 727 notificações. Duas pessoas morreram pela doença. No município não há registro de zika em 2024.

Atendimentos

Além dos 152 centros de saúde em Belo Horizonte, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) também possui outras estruturas exclusivas para este momento: Unidade de Reposição Volêmica no Hospital Julia Kubitschek, no Barreiro; no Hospital João Paulo II (atendimento pediátrico), na região Centro-sul; dois hospitais temporários nas regiões Venda Nova e Oeste e um hospital de campanha na região Norte. Essas são em parceria com o Estado.

Além disso, a PBH mantém duas unidades de reposição volêmica nas regionais Centro-sul e Barreiro. De acordo com a superintendente do Complexo Odilon Behrens, Taciana Malheiros, mesmo com as unidades de atendimento exclusivo às arboviroses, pacientes com sintomas das doenças podem procurar por assistência médica em qualquer unidade de saúde da capital.

"Se o paciente tiver um um sintoma de dengue, ou seja, uma febre, uma dor de cabeça, uma dor atrás dos olhos, essa pessoa pode procurar tanto a atenção básica, como já foi amplamente divulgado, os centros de saúde, como também as Upas. Ele será acolhido por uma classificação de risco imediatamente, e ,a partir da necessidade de uma hidratação venosa e sinais de alarme, ele será encaminhado para esta unidade onde teremos gradativamente trinta leitos em funcionamento", pontuou.