Em mais uma ação para tentar frear o avanço da dengue, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza nesta sexta-feira (16 de fevereiro) a aplicação de inseticida em residências do bairro Sinimbu, na região de Venda Nova. Essa é a 10° ação na regional. Em toda a capital, cerca de 15 mil imóveis já receberam o inseticida.

“As equipes de Zoonoses estão fazendo a aplicação do inseticida Ultra Baixo Volume (UBV), que tem por objetivo combater o Aedes aegypti na sua fase adulta”, explica a gerente de Zoonoses da regional Venda Nova, Ana Cláudia Parreiras.

Os moradores foram comunicados sobre a ação nesta quinta-feira (15). “A gente fez esse anúncio no dia anterior para que a população pudesse se conscientizar e receber os agentes. É importante que eles recebam os agentes na hora da aplicação do inseticida e nas demais ações educativas”, conta.

Conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte no dia 14 de fevereiro, a região de Venda Nova, que recebeu a ação nesta sexta-feira (16), é a quinta com mais casos confirmados de dengue, sendo 350. A regional está atrás do Barreiro (538), da Centro-Sul (422), da Nordeste (391) e da Noroeste (374). A capital mineira tem 3.101 casos confirmados da doença e 15.331 em investigação.

  • População

Por volta das 8h, moradores da rua Coronel João Câmara aguardavam as equipes na calçada, com os portões das casas abertos para a aplicação do inseticida. A balconista Aparecida Nunes Lopes, de 39 anos, ficou na rua enquanto os agentes aplicavam o produto em seu quintal. O marido dela foi diagnosticado com a doença três vezes. “Ele ficou muito mal e eu cuidava dele, então tenho muito medo. Ele ficou de cama e a sensação é muito ruim”, lamenta.

Para ela, a ação realizada nesta sexta-feira (16) é importante. No entanto, afirma que considera ideal que cada pessoa possa fazer a sua parte. “Se eu vejo água parada, jogo fora. Porque cada um tem que fazer sua parte, mas não adianta se eu fizer e o outro não”, alerta.

O motorista Fabiano Oliveira, de 39 anos, também acompanhou a ação. Para ele, o trabalho é necessário, porém considera ser necessário uma maior fiscalização em áreas vagas, principalmente em lotes, geralmente abandonados, uma vez que eles podem servir de foco para o mosquito.Não adianta só o fumacê, precisa ter capina e ações mais efetivas nesses loteamentos vagos. Mas acredito que o inseticida já vai ajudar um pouco. Eu já tive dengue e não quero ter novamente”, disse.