A prefeitura de Belo Horizonte informou, em solenidade nesta segunda-feira (18), que aguarda cerca de 60 mil doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac, para imunizar profissionais de saúde da capital. A categoria abrange cerca de 140 mil trabalhadores na cidade, mas apenas 30 mil devem ser imunizados neste primeiro momento.
A previsão é de que os imunizantes cheguem às 19h30 no Aeroporto de Confins ainda nesta segunda, e sigam para o centro de distribuição. A vacinação em Belo Horizonte será iniciada "até 24 horas" após o recebimento das doses pela prefeitura, segundo a subsecretária de Atenção à Saúde do Executivo municipal, Taciana Malheiros.
"Vamos vacinar profissionais que trabalham nos hospitais dentro das unidades de internação, tanto nas UTIs de Covid-19 quanto nas de outras comorbidades. Depois, serão profissionais de enfermarias da Covid-19. Em seguida, quem trabalha nas nossas portas de urgência, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Samu. A partir do momento em que tivermos novas doses, vacinaremos outras pessoas do público-alvo”, pontuou Malheiros.
Além dos profissionais da linha de frente, o grupo prioritário da primeira fase da campanha inclui integrantes de comunidades indígenas, pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência e maiores de 60 anos que também residem nesses locais, conforme recomenda o Ministério da Saúde. Em BH, esses grupos só serão contemplados quando chegarem mais doses da vacina.
Por ora, não há imunizantes disponíveis em postos de saúde para a população em geral, sequer para os maiores de 75 anos e outras pessoas do grupo de risco para a Covid-19. Também não existe previsão de quando essa população será contemplada. Cerca de 4,8 milhões de doses que já estão com o Instituto Butantan, em São Paulo, precisam de nova aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial — elas foram envasadas no Brasil, enquanto as cerca de 6 milhões de doses distribuídas entre os Estados atualmente foram importadas prontas da China.
Profissionais da saúde que não atuam diretamente no combate à pandemia e trabalham em clínicas, por exemplo, também não receberão a vacina por enquanto.