Belo Horizonte é a cidade com maior número de casos de sarampo em todo o estado de Minas Gerais, ao todo 48 casos foram registrados no município desde o começo do ano. Isto é o que aponta o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), publicado ainda na tarde dessa sexta-feira (13).
Na segunda colocação está Uberlândia, no Triângulo Mineiro, cidade onde foram confirmados 23 casos da doença – menos da metade, se comparado à capital mineira. Nos outros municípios de Minas, onde houve incidência de casos de sarampo, os números são relativamente menores: sete em Ribeirão das Neves, na região metropolitana, seis em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e apenas um nos demais.
O aumento repentino no número de casos em toda a região aconteceu mesmo a partir do primeiro trimestre do ano. Até março, haviam sido registrados apenas quatro casos de sarampo, em BH, Contagem e Betim – estes últimos também na região metropolitana. No entanto, todos estes quatro casos são considerados como importados.
Após esses registros, a Secretaria confirmou outros 70 casos nos meses seguintes, esses primeiros 70 também são relacionados à importação do vírus – são pacientes que estiveram em São Paulo, onde a doença alcançou seu pior surto no país, ou em contato direto com doentes do estado paulista.
Contudo, logo após os registros desses primeiros, o órgão acabou confirmando muitos outros casos sem vínculo com importação de vírus. A partir de junho de 2019, o número de casos suspeitos aumentou drasticamente, foram 1951 em 279 municípios de Minas. Destes, 1354 acabaram descartados após exames, 126 foram confirmados e outros 471 ainda estão sob investigação.
Qual o público mais afetado pelo sarampo?
Além das informações a respeito do número de casos e as localidades onde foram registrados, o boletim epidemiológico da SES-MG aponta ainda quais os grupos mais afetados pelo sarampo.
As crianças com idades entre 1 e 4 anos sofreram mais com a doença, neste grupo foram registrados 47 casos. Logo em seguida, são os jovens adultos com idades entre 20 e 29 anos, nesse público houve confirmação de 24 casos.
Por último, o terceiro grupo mais afetado é o composto por bebês menores de 1 ano, com 17 casos. Em contrapartida, o menor número de casos foi registrado entre pessoas com idades entre 40 e 49 anos, apenas duas confirmações da doença.
Campanha de vacinação
Ao longo de todo o mês de novembro, a Secretaria de Saúde coordenou uma extensa campanha de vacinação voltada aos grupos de risco. Na primeira parte foram contempladas as crianças com idades entre seis meses e cinco anos. Já a segunda foi voltada para jovens adultos com idades entre 20 e 29 anos.