O influencer Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como “Big Jhow”, afirmou, neste sábado (12), que não conseguiria pagar um ganhador do sorteio de uma lamborghini que estava marcado para este fim de semana. Big Jhow é investigado por lavagem de dinheiro e por usar empresas de fachada para disfarçar a origem dos recursos e chegou a ser preso por desobediência na quinta-feira (10), durante operação da Polícia Civil que mirou endereços em Minas e no Distrito Federal.
A suspeita é que o influencer fazia lavagem de dinheiro a partir de sorteios ilegais de veículos pelas redes sociais sem registro no Ministério da Economia, o que configura como crime.
No instagram, neste sábado, Big Jhow explicou que suas contas foram bloqueadas devido a investigação e por isso não poderia pagar o ganhador do sorteio marcado para o mesmo dia, mas disse, que ainda assim o ganhador seria recompensado.
“Eu não tenho condições de pagar a pessoa hoje, porque foram bloqueadas minhas contas e o carro está preso! Mas vou entrar em acordo com a pessoa pra mim poder pagar algum valor, de alguma forma, nem que seja parcelado, do jeito que eu conseguir cumprir o combinado”, disse na publicação.
Ele também, post, alegou ser inocente de todos os crimes pelos quais é investigado.
"Pra quem me segue a mais tempo e me acompanha, sabe que meu trabalho desde o começo é sério e transparente. Pra quem ainda não me conhece e tá chegando agora, depois vou postar um vídeo sobre tudo que está acontecendo e sobre minha história de vida até aqui. Saiu muita notícia na televisão que não existe”, pontuou.
Primeira fase da operação
Na primeira fase da operação Huracan, em março deste ano, o combate era a uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos oito mandados de busca no Distrito Federal, nas cidades de Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia.
Em atuação desde 2021, a associação criminosa era capitaneada por influencers, que promoviam e rifavam veículos no Instagram e em canais do Youtube. Após cair no gosto dos seguidores, os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e os sorteios eram anunciados na internet. "Como possuíam milhares de seguidores, as rifas eram vendidas com facilidade. Os valores angariados seguiam para contas de empresas de fachada e eram utilizados para aquisição de novos veículos, que eram registrados em nome de laranjas", explicou a Polícia Civil do Distrito Federal.
O esquema de lavagem de dinheiro era altamente lucrativo: apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos.