Brigadistas florestais estão mobilizados no combate ao incêndio que atinge a mata da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os voluntários, que somam esforços ao Corpo de Bombeiros, estão reunidos desde a tarde de segunda-feira (25 de setembro), quando começaram as chamas.
Na noite desta terça-feira (26), os brigadistas atuavam no rescaldo. Qualquer brasa representa um risco de reacender o incêndio. “É uma preocupação constante. Temos estruturas próximas, prédios, além da preocupação com a própria mata, a fauna e a flora”, afirmou o brigadista Vinícius Matos Batista, de 39 anos, administrador e servidor público.
Segundo Vinicius, na noite passada, ele descansou apenas duas horas. “Só consegui chegar em casa e dormir por volta das 2h. Acordei às 4h e, às 5h, já estava no combate às chamas”, detalhou. Ele atua desde 2015 na Brigada 1, organização não governamental fundada em 2003.
Vice-presidente da Brigada 1, Ana Carina Roque, de 36 anos, que também é servidora pública, fala sobre a dedicação dos voluntários. “Tem chegado mais pessoas, que veem conforme a disponibilidade. Há pessoas que conseguem liberação no serviço, alguns têm flexibilidade e outros só podem atuar depois do horário de trabalho”, explica.
Os brigadistas contam com doações para as atividades. Recursos podem ser destinados por meio do PIX: belohorizonte@brigada1.org.br. O dinheiro é usado para compra de água, isotônicos, lanches e combustível, além de equipamentos usados pelos voluntários no combate às chamas.
Pelo menos 20 brigadistas da Brigada 1 foram mobilizados para o incêndio, além de outras organizações como a Brigada Carcará.
O incêndio atinge o quarteirão 15 da área de mata da UFMG, que pertence à Estação Ecológica. Também auxiliaram as ações de enfrentamento ao incêndio servidores da universidade e brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação encerrou a atuação no local na noite desta terça-feira. Para o controle das chamas, os militares usaram 3 mil litros de água. Apesar disso, os brigadistas permanecem atuando no rescaldo e no monitoramento, para evitar que as chamas voltem.