Com o objetivo de conscientizar a população para a campanha Setembro Verde, que tem o objetivo de incentivar que as pessoas sejam doadoras de órgãos, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou na manhã desse sábado (21), na praça da Assembleia, na região centro-sul de Belo Horizonte, a “7ª Caminhantes – Caminhada pelos Transplantes”. Durante o evento foram oferecidos diversos serviços, como por exemplo, aferição de pressão arterial.
“O objetivo é chamar a atenção de toda a comunidade para a doação, que para doar eles precisam apenas manifestar, em vida, o desejo de doar para quando ele morrer, a família apenas manifestar esse desejo”, explicou a superintendente do Hospital das Clínicas, Andrea Silveira.
Atualmente, 4077 pessoas aguardam na fila por um transplante em Minas Gerais. Em escala nacional, são 40 mil pessoas a espera de órgãos. Segundo o diretor do MG Transplantes, Omar Cançado, um doador pode salvar até oito vidas. “As maiores filas de espera (em Minas) são de rim, com cerca de 2.800 pessoas, depois córnea, que tem aproximadamente 1.100 pessoas aguardando e depois vem em ordem decrescente fígado, coração e pâncreas. Um só doador ele salva a vida de 8 a 10 pessoas, fora os tecidos. Se contar os tecidos, um doador pode salvar a vida de dezenas de pessoas”, explicou Cançado.
Os participantes fizeram uma caminhada no entorno da praça da Assembleia e, ao final, soltaram balões verdes. O desempregado Marcos Túlio, 42, realizou um transplante de rim em 2017, após ficar dois anos na fila de espera. “Eu fiquei feliz. Da mesma forma eu fiquei triste, porque uma pessoa teve que morrer para doar o órgão. Foi muito difícil, dois anos esperando. A pessoa tem que querer, elas decidirem doar o órgão para a outra pessoa sobreviver”, contou emocionado.