Carnaval de BH vai contar com 7.200 policiais militares

Com previsão de receber 2,4 milhões de foliões, o Carnaval de Belo Horizonte terá, além de muita alegria durante os blocos, um reforço no policiamento. Durante a festa, aproximadamente 7.200 militares estarão na rua para garantir os eventos com segurança, conforme anunciado nesta quarta-feira (22) pela corporação. O número é maior que o de 2016, quando 6.500 homens trabalharam na capital mineira.

Para que a corporação possa garantir a tranquilidade da população, todas as férias e folgas dos agentes de segurança foram suspensas. “Os militares do serviço administrativo do comando e os alunos em formação na academia serão todos desviados para o policiamento de Carnaval, totalizando 910 policias de apoio”, explicou o comandante da Diretoria de Apoio Operacional (Daop), coronel Mauro Lúcio de Moura Alves.

O comandante destacou que os atendimentos de ocorrências comuns, que não estão relacionadas à folia, não serão alterados. “O serviço de todos os dias vai continuar normalmente. Ou seja, o morador de bairro, que precisa fazer algum registro, não terá problemas”, afirmou.

Além do aumento no efetivo, a capital com dois helicópteros e dois aviões, que farão deslocamentos de tropas em caso de situações extremas.

Para o interior, a segurança também será reforçada nos 75 municípios que terão festas. Serão 1.876 soldados em formação, 3.500 do serviço administrativo e 610 deslocados de Belo Horizonte, totalizando 5.986 homens. Três aeronaves serão disponibilizadas para região Norte, Sul e Triângulo Mineiro.

“As cidades que não têm apelo carnavalesco estarão com seu policiamento rotineiro mantido”, afirmou.

O coronel também destacou a fiscalização nas rodovias estaduais, com 108 militares, etilômetros e radares. A operação de Carnaval começa na tarde desta quinta-feira (23) e termina na Quarta-Feira de Cinzas.

Polícia Militar não vai tolerar baderna

Outro questão ressaltada pela corporação foi em relação às pessoas que vão para os blocos com a intenção de provocar desordem. A Polícia Militar, que já se reuniu com os líderes de blocos caricatos e de gestores das festas carnavalescas, foi enfática ao afirmar que está preparada para agir com rigor, caso seja necessário.

“Os organizadores dos eventos têm agido de forma prestativa e colaborativa. No entanto, o que está sendo comum é, após o fim dos eventos, os baderneiros ficarem. Se acontecer como no caso do Gutierrez da tropa chegar e ser atacada com garrafas e pedras, ela agirá de maneira coercitiva. Isso nós não abrimos mão. Quer pular Carnaval, pule em paz”, alertou.

No último domingo, após a apresentação do bloco “Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro”, aconteceu um tumulto provocado por vândalos nas ruas do bairro Gutierrez, região Oeste da capital. Na ocasião, militares precisaram usar bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar a multidão.