Vício em telas

Colégio tradicional de BH tentará restringir celulares entre seus alunos em 2024

Medidas foram comunicadas aos pais, mas deverão ser oficializadas no início do novo ano letivo pelo Colégio Santo Agostinho

Por José Vítor Camilo
Publicado em 20 de dezembro de 2023 | 21:49
 
 
 
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O Colégio Santo Agostinho, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, está promovendo alterações em seu regimento interno com o objetivo de tentar restringir entre seus estudantes o uso excessivo de telefones celulares. A medida foi confirmada nesta quarta-feira (20 de dezembro) pela assessoria de imprensa da escola.

Segundo comunicado divulgado aos pais dos alunos, a medida será adotada após diversos responsáveis terem entrado em contato com a direção para demonstrar sua preocupação com este problema.

"Nesse sentido, já realizamos alterações no Regimento Escolar para 2024 e preparamos a divulgação de responsabilidades compartilhadas, que contemplam diversos aspectos da vida escolar, como o uso de eletrônicos. Tudo isso será anunciado na abertura do ano letivo", diz o texto.

Entre as mudanças a serem adotadas está a não solicitação de celulares para atividades pedagógicas para os estudantes das séries até o 7º ano. "Isso significa que o celular não é um objeto necessário na rotina escolar, podendo as famílias dispensar o envio", explicou o Santo Agostinho.

Além disso, a escola também pretende reforçar a oferta de brincadeiras entre as crianças, com opções de interação durante o horário do recreio.

A instituição também aproveitou para orientar os pais que, mesmo quando os celulares são disponibilizados para que os filhos se comuniquem com eles ao fim do turno escolar, os pais conseguem restringir o tempo de uso destes aparelhos por meio de aplicativos.

Pais apoiam iniciativa

Nas redes sociais, pais de alunos demonstraram apoiar a iniciativa do Colégio Santo Agostinho. "Os meninos passam 90% do tempo no celular. Impossível aprender alguma coisa", pontuou uma mulher. "Finalmente tiveram coragem de tomar providências contra o uso abusivo do celular. Tomara que os outros colégios sigam o exemplo", escreveu um homem.

"Nós pais precisamos colocar limite no uso das telas em casa, não adianta a escola restringir e em casa ser liberado. Somos responsáveis pelos adultos que serão formados nessa geração", ponderou uma outra mulher.

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