Comissão da OAB vai realizar ação contra importunação sexual no Carnaval de BH

Beijo roubado. Passar a mão no corpo de outra pessoa sem consentimento. Pegar na cintura ou no cabelo de alguém sem permissão. Essas são condutas muitas vezes naturalizadas socialmente, mas que precisam de um basta, conforme a presidente da comissão de enfrentamento à violência contra a mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Isabela Pedersoli. 

Pensando nisso, e com o Carnaval já acontecendo em Belo Horizonte, a comissão, em parceria com o Coletivo Não é Não, fará uma ação contra a importunação sexual nesse sábado (11), no bloco “Quem ama não mata”, a partir das 13h. (R. Fernandes Tourinho, 105, Savassi).

Conforme Isabela explica, o objetivo é conscientizar tanto as vítimas quanto quem comete a importunação. Uma equipe de advogadas estará presente no local para tirar todas as dúvidas sobre o assunto e destacar a importância de as pessoas acionarem a Guarda Municipal ou a Polícia Militar caso sofram ou presenciem o crime. Tatuagens removíveis da ação também serão distribuídas.

“O objetivo é conscientizar os dois lados. Por serem ações que muitas vezes já estão naturalizadas, há quem acredite que não se trata de crime. É importante que as vítimas procurem ajuda e quem pratica saiba que poderá ser responsabilizado. É preciso que a denúncia seja feita o mais rápido possível, para que o agressor seja preso”, destaca Isabela.

A presidente da comissão de enfrentamento à violência contra a mulher da Ordem dos Advogados do Brasil ainda afirma que mais ações de conscientização deverão ser feitas ao longo do Carnaval em Belo Horizonte. O período oficial da festividade vai até 26 de fevereiro.