Tragédia escolar

Como aconteceu o ataque à creche Gente Inocente, em Janaúba

Há exatos cinco anos, o segurança Damião Soares Santos, que na época tinha 50 anos, ateou fogo em uma creche municipal no Norte de Minas

Por Aline Diniz
Publicado em 05 de outubro de 2022 | 03:00
 
 
 
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Há exatos cinco anos, o segurança Damião Soares Santos, que na época tinha 50 anos, ateou fogo à creche municipal Gente Inocente, em Janaúba, na região Norte de Minas Gerais. Na ocasião, dez crianças, três profissionais da educação e o autor do incêndio morreram no maior atentado a uma escola ocorrido em toda a história de Minas Gerais. 

Relembre os passos de Damião: 

  • Noite anterior 

No dia 4, o vigia passou a noite na casa da mãe, e, segundo familiares entrevistados por O TEMPO na época, ele não demonstrou nenhum comportamento anormal. Antes de sair na manhã seguinte, inclusive, ele prometeu que voltaria para o almoço. 

  • Chegada 

O vigia noturno da escola Damião Soares dos Santos chegou de motocicleta à creche Gente Inocente, que fica no bairro Rio Novo, em Janaúba, por volta das 9h30. 

  • Entrada 

Uma das funcionárias do centro educacional abriu a porta para o homem, que entrou na escola carregando uma mochila. No momento, a creche abrigava cerca de 92 pessoas (sendo 75 crianças). O aparecimento fora do horário do servidor causou estranhamento, no entanto ele informou que entregaria um atestado para a diretora. 

  • Ataque 

Dentro da escola, conforme relatos de testemunhas, ele incendiou seu corpo e passou a “abraçar” as crianças. A professora Heley de Abreu Silva Batista estava na primeira sala que foi atacada por Damião. No local, havia crianças de 2 e 4 anos. Quando ela percebeu a aproximação do homem em chamas, ela começou a retirar os pequenos por uma janela estreita. Até o momento em que ele a alcançou e os dois lutaram até Heley ficar inconsciente. Duas auxiliares da creche ajudaram Heley, e as três morreram.  

  • Enterro 

O corpo de Damião foi enterrado no dia 6 de outubro, de 2017, no cemitério São Lucas, sem a presença dos familiares. Na época, parentes informaram que não comparecerem em respeito às famílias que estavam sofrendo naquele momento. O TEMPO esteve na casa da mãe de Damião, e os parentes dele estavam juntos, em oração.

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