Carnaval 2020

Conheça a história dos principais blocos de rua de BH e escolha quais acompanhar

Para ajudar o folião em meio a tanta diversidade cultural e musical criamos um guia contando um pouco sobre alguns dos principais blocos da cidade

Por Natália Oliveira
Publicado em 11 de fevereiro de 2020 | 16:45
 
 
 
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Os blocos de rua são os responsáveis por ter feito ressurgir o Carnaval em Belo Horizonte. Eles começaram em 2010 como um movimento político contra restrições de uso do espaço público e rapidamente ganharam a cidade. A cada ano o público e os blocos aumentam. Para ajudar o folião em meio a tanta diversidade cultural e musical criamos um guia contando um pouco sobre alguns dos principais blocos da cidade. 

Então Brilha

Conhecido por arrastar multidões e um dos blocos mais esperados do Carnaval de Belo Horizonte, o Então Brilha tem como uma das principais características as cores rosa e amarelo e um desfile que preza a diversidade. O bloco se concentra bem cedo na rua dos Guaicurus no baixo centro de Belo Horizonte, região característica por abrigar os prostíbulos da cidade. O Brilha surgiu em 2010 e o nome e o lema do bloco, “Gente é para brilhar”, foram inspirados em um poema do poeta russo Vladimir Maiakovski.

Baianas Ozadas 

Também conhecido por ser um dos maiores blocos de Belo Horizonte, o Baianas Ozadas surgiu em 2012. O precursor do bloco é o baiano radicado na capital mineira, Geo Cardoso, acostumado aos carnavais de Salvador e de sua cidade natal Ilhéus, ele trouxe um pouco do Carnaval Baiano para a capital mineira. Com a predominância da cor branca, o bloco tem como características de figurino as saias, turbantes e balangandãs. O Baianas também traz os ritmos e músicas dos carnavais da Bahia com legitimidade e irreverência.

Tchanzinho Zona Norte 

O bloco surgiu em 2013 com a proposta de descentralizar a folia em Belo Horizonte, muito comum nas regiões Leste e Centro-Sul da cidade. O Tchanzinho sempre tocou em uma praça do bairro Jaraguá, na Pampulha, mas neste ano o desfile mudou de endereço passando para a avenida Abraão Caram, porém se manteve na mesma região, a Pampulha. O bloco é conhecido por tocar os clássicos do grupo “É o Tchan”. 

Samba Queixinho 

Um dos pioneiros da folia na cidade, o bloco surgiu em 2009. Durante a virada de ano de 2009 para 2010 um grupo de amigos se encontrou para tocar um samba e ali se perguntaram por que não passar o Carnaval em Belo Horizonte. No ano seguinte, em 2010, eles fizeram seu primeiro desfile. O Samba Queixinho tem como identidade o samba das escolas de Carnaval, tanto que a bateria conta com 80 ritmistas Há também uma proximidade com a cultura mineira que é sempre homenageada nos desfiles. 

Tico Tico Serra o Copo

O bloco também é um dos pioneiros desfilando desde 2009. Naquele ano, o Tico Tico desceu do alto do bairro Serra e foi até o centro da cidade em dos primeiros desfiles de blocos de rua vistos na capital e que se tornou um marco do Carnaval de Belo Horizonte. Cada ano o bloco sai de um lugar da cidade com a ideia de oferecer experiências inusitadas de exploração do espaço urbano aos foliões.

Pena de Pavão de Krishna

Marcado pela pintura azul do rosto e corpo, o bloco surgiu em 2013 pregando a paz e o amor e com a missão de ser um bloco que reúne música e espiritualidade. O Pena de Pavão de Krishna, ou PPK, como é chamado, desfila sempre na periferia da cidade e só informa de onde vai sair pouco antes do desfile. A ideia é não atrair uma multidão. 

Mama na Vaca 

O Bloco Mama na Vaca também é um dos pioneiros de Carnaval de Belo Horizonte e tem esse nome em homenagem à vaquinha instalada na rua Leopoldina,  no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O bloco começou como uma diversão entre familiares e amigos, mas acabou se tornando um dos mais tradicionais da cidade.

Juventude Bronzeada 

O bloco surgiu em 2013 e tem uma proposta de valorização da cultura local, defesa das minorias e discussões de cunho político. O Juventude Bronzeada, ou Juve, como é conhecido, geralmente desfila no bairro Floresta, região Leste de Belo Horizonte. Em 2017, o bloco lançou várias músicas autorais e a bateria contou com cerca de 400 integrantes, em 2018.

Me Beija que eu sou Pagodeiro 

Valorizando o pagode dos anos 90, o Me Beija que eu sou Pagodeiro é um dos blocos mais tradicionais de Belo Horizonte e atrai principalmente quem é fã do estilo musical. Fundado em 2014 pelo músico Matheus Brant, o desfile leva 100 ritmistas para as ruas e toca além dos clássicos do pagode também músicas autorais. 

Chama o Síndico 

Nascido em 2012 o bloco homenageia dois grandes artistas brasileiros, Tim Maia e Jorge Ben Jor.  Para quem gosta dos artistas e também quer ouvir uma variação de ritmos como samba, funk, afoxé, xote, soul, carimbó e reggae power, o bloco é ideal. Geralmente o Chama o Síndico também arrasta uma multidão pelas ruas de Belo Horizonte. 

Beiço do Wando

Para quem gosta de música brega, o bloco Beiço do Wando é a pedida certa. São cerca de 350 pessoas na bateria que costumam arrastar uma multidão de foliões. No ano passado a presença da rainha do brega Gretchen foi sucesso na folia

Angola Janga 

Um pouco mais recente, mas já com bastante expressão cultural,  o Angola Janga surgiu em 2015 como um bloco afro de Belo Horizonte dedicado ao empoderamento e à emancipação do povo negro através de suas práticas e repertórios. Com uma levada que vai do axé ao funk, o bloco passeia, em seu show, por diversos exemplares da produção musical negra antiga e recente. Samba reggae, ijexá, samba afro, funk de protesto, hip hop, pagode baiano e ritmos mineiros são alguns dos apresentados. 

Corte Devassa

O bloco surgiu em 2012 como um grupo de teatro, as características teatrais transportadas para o figurino são uma das principais atrações do bloco. A Corte Devassa faz uma crítica à monarquia e a  corte portuguesa que colonizou o Brasil. As marchinhas são o principal repertório do bloco. 

Garotas Solteiras

Fundado em 2016 por um grupo de amigos que queriam criar um bloco que representasse as mulher e a comunidade LGBTQ no Carnaval. Apesar de ser um dos blocos mais recentes da cidade, o Garotas Solteiras já fica lotado e atrai principalmente mulheres e o público LGBTQ. Todo ano o bloco homenageia uma diva pop diferente!

Alô Abacaxi

Com a mesma proposta do Garotas Solteiras, o Alô Abacaxi também é voltado para o grupo LBGBT. O bloco nasceu em 2015 e faz um desfile tropical e com muitas cores pelas ruas de Belo Horizonte. 

Magnólia 

Para quem gosta de jazz, o bloco Magnólia é a pedida certa. Ele mistura Jazz e ritmos carnavalescos. O Magnólia foi criado em 2014 por um grupo de amigos que se inspirou no Carnajazz de Nova Orleans. 

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