Com lance único de R$ 25,75 milhões, o Grupo Comporte — que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos — venceu o leilão de concessão do metrô de Belo Horizonte nesta quinta-feira (22), em sessão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Com o resultado, a empresa se compromete a revitalizar a linha 1 e a criação da linha 2 ao longo dos próximos 30 anos. Para que as melhorias saiam do papel, há previsão de investimentos de R$ 3,7 bilhões. A maioria dos recursos sairá de cofres públicos: cerca de R$ 2,8 bilhões serão desembolsados pelo governo federal e R$ 440 mil pelo governo estadual. 

Fundado pelo empresário Constantino de Oliveira — conhecido como Nenê Constantino —, o Comporte funciona desde 2002 em vários setores do transporte no Brasil. O grupo é dos donos as linhas aéreas Gol, e presta serviço em cidades como Patrocínio e Formiga, em Minas Gerais, mas concentra atividades no interior de São Paulo.

Conforme relatório financeiro apresentado em 2021, o grupo registrou prejuízo líquido de R$ 36 milhões na comparação com 2020, com EBITDA de R$ 169 milhões no ano. No documento, a empresa classificou o período como “desafiador” devido à pandemia. 

Atualmente, o metrô é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública. Para o leilão, foi criada a CBTU Minas Gerais (CBTU-MG). O grupo vencedor comprará a CBTU-MG ao mesmo tempo em que obterá a concessão do governo estadual para operar o serviço público de transporte metroviário de passageiros na região metropolitana de Belo Horizonte pelos próximos 30 anos