Risco

Coronavírus: Agência da Caixa em Ribeirão das Neves tem fila e aglomeração

Em agência na região de Justinópolis, reportagem flagrou uma concentração surpreendente de pessoas à espera de atendimento

Por Isabelly Morais
Publicado em 22 de abril de 2020 | 11:59
 
 
 
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Aglomeração. Essa tem sido uma das palavras mais citadas no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Em uma agência da Caixa Econômica Federal em Justinópolis, no município de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, também tem sido o cenário diariamente. A reportagem flagrou um volume muito alto de pessoas bastante próximas na porta agência, na manhã desta quarta (22).

A aglomeração era tamanha, que uma funcionária da Caixa que distribuía senhas sequer conseguia sair na porta sem ter que pedir licença e se esbarrar em várias pessoas. O conceito de fila também ficou completamente de lado  em detrimento de pessoas amontoadas.

Uma das primeiras da fila, Maria Inês de Jesus, de 40 anos, tinha chegado às 4h, conseguindo entrar por volta de 10h30. A cuidadora de idosos, no momento desempregada, foi à agência pela segunda vez para desbloquear seu cartão e sacar o auxílio emergencial do governo federal. 

"Vim desbloquear meu cartão pra receber o auxílio e sacar. Já liguei pra Caixa, mas não consegui. Na segunda eu cheguei 8h da manhã, e quando deu 13h as senhas acabaram, não deu pra eu ser atendida e eu tive que ir embora. Está assim todo dia, um inferno", conta Maria.

Um outro detalhe observado é que nem todos à espera de atendimento estavam usando máscaras. As marcações orientando distanciamento no chão sequer davam pra ser identificadas com clareza. O cenário, segundo relatos, é de filas sem distanciamento entre as pessoas e aglomerações todos os dias. 

"Todo dia está essa bagunça. Não tem organização de nada. O povo chega cedo e os funcionários não chegam para organizar, não atendem a gente direito. Controle de entrada está mais ou menos, entra de dez em dez e o povo fica esperando até 16h. Todo dia faz essa fila para ser atendido. Não tem distanciamento nenhum. Todo mundo embolado, todo mundo junto, alguns com máscara, outros sem", relata a auxiliar administrativo Thais Mara, de 22 anos, que foi tentar sacar FGTS por ter sido demitida há cerca de um mês.

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