Quinze dias após a reabertura do comércio em Bambuí, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, a prefeitura do município decidiu interditar a praça Coronel Tôrres para minimizar a aglomeração de pessoas no espaço. Apesar de a calçada que separa a praça da rua ainda estar aberta à circulação de pedestres, a parte interna do espaço está completamente isolada por fitas – inclusive os bancos, que costumam ser muito usados pela população. A praça é uma das mais importantes da região e, antes da pandemia, recebia semanalmente a feira municipal de Bambuí. Agora, os comerciantes vendem os produtos aos sábados, no parque de exposições da cidade.

Por meio de nota no site, o município esclareceu que, se permanecesse liberada, a praça poderia ser um ponto de disseminação do coronavírus. “Essa medida se faz necessária devido à quantidade de pessoas que diariamente se reúnem na praça, principalmente no período de pandemia”, pontuou.

A interdição da praça aconteceu em 15 de maio, e nesta semana o espaço está sendo submetido a um procedimento de desinfecção coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde. A lavagem e a higienização acontecem apenas no período da noite para que o uso de produtos químicos não cause problemas às pessoas que precisam passar por ali. Portas de bancos e as entradas das unidades básicas de saúde e do Hospital Nossa Senhora do Brasil também serão submetidos à limpeza.

A interdição da praça é uma das medidas radicais adotadas pela prefeitura, que já aderiu à reabertura do comércio. Segundo a gestão, caso o isolamento do espaço público seja desrespeitado, outras estratégias serão tomadas para impedir que as pessoas se aglomerem ali.

Reabertura do comércio

Transcorridos mais de dois meses desde o aparecimento do primeiro caso de coronavírus em Minas Gerais, o município de Bambuí ainda não tem sequer um morador diagnosticado com a Covid-19. Uma pessoa com sintomas suspeitos aguarda conclusão de teste, segundo balanço da prefeitura da cidade publicado nessa segunda-feira (18), e não há mortes com suspeita de coronavírus. Diante do cenário, a cidade optou por reabrir o comércio em 1º de maio.

A partir da data, os lojistas que não prestam serviços essenciais puderam abrir as portas. Apesar do afrouxamento do isolamento, o decreto publicado em 30 de abril prevê que restrições no funcionamento do comércio podem ser novamente impostas caso ocorram mudanças bruscas no quadro da pandemia de Covid-19 na cidade.

Além de adotar as medidas sanitárias básicas, os estabelecimentos que optaram por funcionar precisam garantir diariamente que funcionários e clientes usem máscaras de proteção. Aquelas lojas que não cumprirem essa determinação podem ser submetidas a penas como cassação do alvará de funcionamento ou aplicação de multa. Aliás, o comércio não essencial só poderá abrir as portas de segunda a sexta-feira.

A proibição de funcionamento ainda é válida para lanchonetes, bares, restaurantes, boates, igrejas e campos de futebol. Academias até podem abrir, mas só estão autorizadas a receber um aluno por horário mediante agendamento prévio.