O uso das máscaras de proteção, ao que tudo indica, deverá continuar sendo obrigatório nas escolas de Belo Horizonte. É o que sugeriu o prefeito Fuad Noman (PSD) durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (15). O decreto que regulamenta a utilização do acessório em locais fechados tem validade até 31 de julho.
A motivação para a possível continuidade do uso nas instituições de ensino se dá, segundo o prefeito de BH, pela baixa adesão da vacinação nos pequenos. O chefe do Executivo municipal reforçou a importância das pessoas se imunizarem, pois isso contribui para a cidade ter menos casos.
“A vacinação tem sido lenta. Precisamos acelerar. É impressionante a curva das variações: quando entra a vacinação, a curva [de casos] desce. Nós temos problemas com crianças nas escolas, pois o nível de vacinação é baixo”, afirmou Noman.
O Boletim Epidemiológico e Assistencial, da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), mostra que 84,2% da população de 5 a 11 anos está vacinada com a primeira dose do imunizante contra a Covid e 60,4% completaram o esquema com a segunda dose da vacina.
+ Covid-19: Em três dias, BH tem 18 mortes e quase 3 mil casos confirmados
Além do imunizante contra o coronavírus, BH, conforme alertou o prefeito, tem baixa adesão a outras vacinas. “Temos várias vacinas que precisam ser tomadas e que sempre foram tomadas e nunca ninguém negou, mas, hoje, temos [baixa]: sarampo e gripo”.
Fuad espera não ser preciso ampliar a validade do decreto sobre máscaras em ambientes fechados. “Como a transmissão tem caído, fruto da vacinação e uso da máscara, podemos chegar em 31 de julho sem poder prorrogar. Muito embora minha expectativa é de que tenhamos que continuar com as máscaras nas escolas, pois pais não tem vacinado suas crianças”, concluiu.
Em três dias, Belo Horizonte teve um salto de quase 3 mil diagnósticos positivos de Covid-19 e 18 mortes. É o que mostra o Boletim Epidemiológico e Assistencial divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) nesta sexta.
Os informes sobre a pandemia na capital mineira são publicados às terças e sextas. O último mostrava a cidade com 113.301 casos confirmados em 2022, agora, o total passou para 116.206 - acréscimo de 2.905 diagnósticos. Mais 18 pessoas morreram em BH vítimas de complicações da doença. O total chegou a 687.
A faixa etária com mais óbitos pelo novo coronavírus são as pessoas com ou mais de 60 anos (598). Belo Horizonte já registrou, desde o começo da pandemia, cinco mortes de crianças com menos de 1 ano, sendo três somente em 2022. O informe ainda aponta que 82,2% dos óbitos têm a presença de pelo menos um fator de risco e/ou comorbidade.