Saúde

Covid-19: uso de máscaras deve continuar nas escolas de BH, sinaliza Fuad

Prefeito afirmou que medida poderá ser necessária por conta da baixa vacinação no público infantil

Por Vitor Fórneas
Publicado em 15 de julho de 2022 | 17:38
 
 
 
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O uso das máscaras de proteção, ao que tudo indica, deverá continuar sendo obrigatório nas escolas de Belo Horizonte. É o que sugeriu o prefeito Fuad Noman (PSD) durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (15). O decreto que regulamenta a utilização do acessório em locais fechados tem validade até 31 de julho.

A motivação para a possível continuidade do uso nas instituições de ensino se dá, segundo o prefeito de BH, pela baixa adesão da vacinação nos pequenos. O chefe do Executivo municipal reforçou a importância das pessoas se imunizarem, pois isso contribui para a cidade ter menos casos.

“A vacinação tem sido lenta. Precisamos acelerar. É impressionante a curva das variações: quando entra a vacinação, a curva [de casos] desce. Nós temos problemas com crianças nas escolas, pois o nível de vacinação é baixo”, afirmou Noman.

O Boletim Epidemiológico e Assistencial, da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), mostra que 84,2% da população de 5 a 11 anos está vacinada com a primeira dose do imunizante contra a Covid e 60,4% completaram o esquema com a segunda dose da vacina.

+ Covid-19: Em três dias, BH tem 18 mortes e quase 3 mil casos confirmados

Além do imunizante contra o coronavírus, BH, conforme alertou o prefeito, tem baixa adesão a outras vacinas. “Temos várias vacinas que precisam ser tomadas e que sempre foram tomadas e nunca ninguém negou, mas, hoje, temos [baixa]: sarampo e gripo”.

Fuad espera não ser preciso ampliar a validade do decreto sobre máscaras em ambientes fechados. “Como a transmissão tem caído, fruto da vacinação e uso da máscara, podemos chegar em 31 de julho sem poder prorrogar. Muito embora minha expectativa é de que tenhamos que continuar com as máscaras nas escolas, pois pais não tem vacinado suas crianças”, concluiu.

Covid-19 em BH

Em três dias, Belo Horizonte teve um salto de quase 3 mil diagnósticos positivos de Covid-19 e 18 mortes. É o que mostra o Boletim Epidemiológico e Assistencial divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) nesta sexta. 

Os informes sobre a pandemia na capital mineira são publicados às terças e sextas. O último mostrava a cidade com 113.301 casos confirmados em 2022, agora, o total passou para 116.206 - acréscimo de 2.905 diagnósticos. Mais 18 pessoas morreram em BH vítimas de complicações da doença. O total chegou a 687.

A faixa etária com mais óbitos pelo novo coronavírus são as pessoas com ou mais de 60 anos (598). Belo Horizonte já registrou, desde o começo da pandemia, cinco mortes de crianças com menos de 1 ano, sendo três somente em 2022. O informe ainda aponta que 82,2% dos óbitos têm a presença de pelo menos um fator de risco e/ou comorbidade.

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