Início do Século XIX

Curto-circuito pode ter causado incêndio que destruiu igreja em Diamantina

Perícia da Polícia Civil não conseguiu apurar a causa do fogo, mas primeira análise aponta para curto-circuito. Novos testes da Criminalística serão feitos

Por Pedro Ferreira
Publicado em 05 de outubro de 2019 | 19:30
 
 
 
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A perícia feita pela Polícia Civil neste sábado (5) na capela centenária de Santa Rita, no distrito de Sopa, em Diamantina, no Alto Jequinhonha, que foi destruída por um incêndio na tarde de sexta-feira (4), não conseguiu apontar o que causou o fogo, mas uma primeira análise aponta para um curto-circuito, segundo o delegado regional da cidade, Juliano Alencar Martins.

O delegado disse ter informações de que fogos de artifício estariam sendo guardados no interior do templo, mas a perícia não encontrou resquício desses artefatos.

Testes do Instituto de Criminalística serão feitos para tentar identificar as causas, segundo a assessoria da Polícia Civil.

O Incêndio consumiu toda a capela, ficando as paredes em ruínas, mas sem desmoronar, sendo necessário interdição total do local, uma vez que a qualquer momento poderá desabar o restante da estrutura. Não houve vítimas.

Nota

A Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio de Diamantina divulgou nota lamentando a perda desse importante patrimônio histórico cultural. “A Capela de Santa Rita de Sopa é de forte referência afetiva e simbólica para a comunidade que a tinha como único templo católico da localidade. A Capela foi edificada em fins do século XVIII e início do Século XIX e passou por intervenções ao longo do tempo. Não era dotada de elementos artísticos integrados característicos do período colonial. O conjunto de imagens de gesso era em sua maioria de menor interesse histórico-artístico, à exceção da imagem de Santa Rita, em roca e madeira”, informou nota da Prefeitura de Diamantina.

A Capela foi tombada pelo município no ano de 2004 (Decreto 045/2004) e reconhecida pelo IEPHA em 2011 como patrimônio cultural, passando por obras de restauração à partir de julho de 2016 que buscaram preservar e prolongar o tempo de vida útil da edificação, englobando a restauração e a manutenção do uso religioso. A obra foi entregue à comunidade em maio de 2017.

“A Prefeitura nesse momento está realizando o levantamento de informações sobre as intervenções realizadas na Capela e aguardando os laudos periciais para maior esclarecimento dos fatos ocorridos”, diz a nota da prefeitura.

O município informou que há licitações abertas para a contratação de projetos preventivos para a proteção de importantes bens tombados, bem como, implementado ações preventivas em outros.

“O incêndio da Capela de Santa Rita trouxe perdas irreparáveis, mas a Prefeitura Municipal de Diamantina irá somar todos os esforços possíveis juntamente com parceiros, a Mitra Arquidiocesana, IEPHA, IPHAN e comunidade para reconstruir o quanto antes no local, um templo de cultura e religiosidade”, conclui a nota.


 

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