Saúde

Doenças inflamatórias intestinais: maio roxo alerta para importância do cuidado

Campanha destaca sintomas das enfermidades, como sangramentos retais e perda de apetite, e a relevância de buscar ajuda

Por O Tempo
Publicado em 18 de maio de 2022 | 10:30
 
 
 
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Alertar e informar. Esse é o objetivo da campanha “maio roxo”, que chama a atenção para as doenças inflamatórias intestinais, representadas pela Doença de Crohn (DC) e pela Retocolite Ulcerativa Crônica (RCU).

Os números mostram que a preocupação com as enfermidades é cada vez mais necessária: de acordo com pesquisas, enquanto em 2009 havia 7,3 mulheres com a DC a cada 100 mil pessoas, o número saltou para 8,7 em 2015. Já em relação aos homens, a taxa de incidência passou de 5,1 para 6 no mesmo período. A doença atinge, sobretudo, mulheres entre 20 e 40 anos. No mundo, o dia 19 de maio foi instituído como o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.

Apesar de as doenças não terem cura, de acordo com a Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite (GEDIIB), existem medicamentos que aliviam os sintomas, e muitos pacientes conseguem ter qualidade de vida. Para isso, é preciso estar atento aos sintomas. Em quadro leves, esclarece a organização, há dores abdominais, diarreia e constipação. “Nas formas mais graves, os principais sintomas são dores intensas, sangramentos retais, perda de peso repentina, cansaço ou fraqueza, aftas, entre outros”, esclarece a GEDIIB.

Os sintomas, porém, por serem parecidos com problemas gastrointestinais corriqueiros, podem prejudicar um diagnóstico mais adequado em um primeiro momento.

"Às vezes tem um atraso grande no diagnóstico, o que pode agravar os sintomas das doenças", diz a gastroenterologista Carolina de Paula Guimarães Baía, coordenadora do Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, e membro do GEDIIB.

Perguntas e respostas

A GEDIIB esclarece as principais dúvidas sobre as doenças inflamatórias intestinais

O que pode causar as doenças inflamatórias intestinais?

As causas ainda são desconhecidas. Sabe-se, no entanto, que cerca de 20% das pessoas portadoras de DIIs têm alguém na família que também é portador. Ou seja: a hereditariedade pode influenciar. 

Especialistas também acreditam que as pessoas que desenvolvem a doença podem ter alguma deficiência no sistema imunológico.

Como prevenir a DII?

O diagnóstico precoce é a melhor forma de se antecipar às complicações e tratar a doença o quanto antes. Entre boas práticas preventivas, estão adoção de alimentação saudável, prática de atividades físicas, evitar bebidas alcóolicas e não fumar.

Como pode ser tratada?

O tipo de medicação vai depender da gravidade da doença e da parte do intestino afetada.

Em geral, o objetivo do tratamento médico na DII é controlar a inflamação.

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