A Polícia Civil apresentou, nesta quarta-feira (8), as conclusões do inquérito que investigava a morte de Marcos Thiago Muniz de Faria, de 18 anos. O jovem morreu após uma briga, no dia 3 de março deste ano, no bairro Castelo, na região da Pampulha, durante o Carnaval de Belo Horizonte.

Segundo a polícia, o jovem sofreu uma morta súbita, em decorrência do uso de drogas, como a popular "loló". A substância tricloroetileno foi encontrada no corpo de Muniz, junto com maconha. De acordo com o laudo da perícia, essa substância associada a uma situação de grande estresse pode ter desencadeado um processo cardíaco, provocando um colapso no corpo de Muniz. 

Segundo o delegado César Matoso, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, Marcos Thiago Muniz já estaria passando mal quando se sentou e seu vômito respingou na namorada de Leonardo Henrique Costa, de 24 anos. Os dois entraram em luta corporal e, na sequência, Muniz acabou no chão, já sem vida.

Outras quatro pessoas entraram na briga a favor de Leonardo. O jovem de 18 anos morreu na hora.

"Testemunhas disseram que houve luta e que Marcos teria batido a cabeça no chão, sendo essa a causa da morte. Mas essa é uma versão discrepante, já que Muniz pode ter inclusive morrido durante a briga, porque sofreu uma morte súbita. O trabalho da perícia técnica foi essencial para elucidar esse caso", disse o delegado. 

Após levantamentos, depoimentos de testemunhas e laudo pericial, a Polícia Civil comprovou que o Muniz morreu em decorrência de hemorragia e edema pulmonar, consequência de um colapso cardiovascular, ou seja, teve morte súbita. 

Segundo o delegado Matoso também foi constatado que Costa agrediu Muniz com um soco no olho, sendo esta a única lesão de fato comprovada na briga entre os dois. Ele pode ser indiciado pelo crime de lesão corporal leve.