Na antônio carlos

Dupla suspeita de matar PM é reconhecida por vítima de sequestro

Homem de 51 anos compareceu à 6ª Delegacia Especializada em Homicídios Noroeste, apontando os dois suspeitos da morte do militar como sendo os responsáveis pelo sequestro relâmpago que ele sofreu no dia 30 de abril

Por Da redação
Publicado em 22 de maio de 2014 | 15:50
 
 
 
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Wilson Guimarães Filho, de 25 anos, e de José Henrique da Silva Bento, de 30, suspeitos da morte do soldado da Polícia Militar (PM) André Luiz Lucas Neves, de 27 anos, foram reconhecidos por uma vítima de sequestro relâmpago nesta quinta-feira (22). 

Na parte da manhã, um homem de 51 anos compareceu à 6ª Delegacia Especializada em Homicídios Noroeste, apontando os dois suspeitos da morte do militar como sendo os responsáveis pelo sequestro relâmpago que ele sofreu no dia 30 de abril, na avenida Antônio Carlos. Em depoimento, ele reconheceu a dupla como autores do crime e contou detalhes da ação. Um terceiro homem, que também teria participado do sequestro, não foi reconhecido pela vítima.

Durante quatro horas, o homem, que tem cegueira parcial, teria sido mantido como refém, sob a mira de um revólver. Ele conta que foi submetido a tortura física e psicológica, recebendo socos e chutes pelo corpo. Com a violência dos golpes, chegou a ter três dentes quebrados.

Além de ter seu carro, um Citroën C4, e a quantia de R$ 1.000 que trazia nos bolsos roubados, a vítima ainda foi obrigada a acompanhar os suspeitos até duas agências bancárias, onde teve valores sacados de suas contas. Não satisfeitos, os suspeitos ainda tentaram efetuar compras com o seu cartão.

A sessão de violência somente chegou ao fim quando a vítima foi lançada do carro, próximo ao Hospital Risoleta Neves, após simular que estava passando mal. O carro foi encontrado pela polícia, posteriormente, com perda total.

O delegado Rodrigo Bossi, que coordena as investigações do assassinato do soldado André Luiz, acredita que possam existir mais vítimas de ataques dos suspeitos do crime. Ele ressalta que é de extrema importância que todos procurem a Polícia Civil, para relatarem os fatos, a fim de auxiliar na instrução do inquérito policial.

Entenda

Um policial militar de folga e à paisana morreu após ser atingido com um tiro na cabeça depois de tentar intervir em uma tentativa de assalto na noite de sexta-feira (16), no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.

De acordo com militares do 34º Batalhão,  uma testemunha informou que quando quatro mulheres foram abordadas pelos suspeitos o militar reagiu e entrou em luta corporal com o assaltante. Na confusão, a  arma do policial caiu, o criminoso pegou o revólver, atirou na cabeça do militar e fugiu com os outros.

O militar foi socorrido em estado grave pelos próprios militares para o o Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB), no bairro Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte. Na unidade de saúde, médicos tentaram fazer massagem cardíaca, mas ele não resistiu.

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