Celebração

Emeis são obrigadas a cancelar festas de formatura em BH

Secretaria de Educação orientou que apresentações das crianças sejam transmitidas virtualmente para as famílias, por causa da pandemia

Por Cinthya Oliveira
Publicado em 30 de novembro de 2021 | 18:33
 
 
 
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As Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) não vão poder contar com festas de formatura para os alunos que migram, no ano que vem, para o Ensino Fundamental. As atividades de celebração que vinham sendo planejadas por cada unidade tiveram de ser canceladas ou revistas, porque os pais não vão poder participar das comemorações.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que as unidades escolares precisam obedecer aos protocolos sanitários vigentes, que exigem maior controle das pessoas que adentram o ambiente escolar e nenhum contato entre alunos de turmas diferentes.

“A secretaria orientou que essas ações sejam realizadas, presencialmente, somente com as crianças que frequentam a escola, respeitando o isolamento por turmas, como definido na Portaria SMSA/SUS-BH nº539/2021. Considerando que as crianças ainda não estão elegíveis para a vacinação contra a Covid-19, a recomendação desta secretaria é a da realização de um dia divertido com brinquedos, oficinas, apresentação das crianças para as famílias, transmitida de maneira virtual, sincronamente ou compartilhada pelas mídias sociais da escola, dentre outras. Durante as ações, nas escolas, todos devem utilizar máscara o tempo todo e manter o distanciamento entre as turmas”, afirma a secretaria.

Coordenador do Movimento Pais & Avós - Sentinelas pela Qualidade na Educação, Mário de Assis questiona a decisão da administração municipal em coibir as festas que são muito importantes para as famílias, em um momento em que a cidade convive com grandes aglomerações de shows e jogos de futebol. “As festas na Emei não são das crianças, elas são dos pais. Os pais querem marcar aquele tempo. É um ato pedagógico, um ato para ser eternizado na memória. Poderiam fazer as festinhas com campanha educativa e muita criatividade”, diz.

Assis, que é avô de estudantes da rede pública, questiona ainda o fato de a restrição acontecer apenas para as famílias que possuem filhos matriculados na rede pública. Para a rede privada, não há restrições para as festas de formatura. “E os filhos dos ricos, vão ter festas nas escolas, não vão? Eles já tiveram, durante a pandemia, excelência no computador, acompanhamento nas escolas, trabalho de assistência social. Tiveram tudo. Essa é uma injustiça que vai ter sequela lá na frente”, argumenta.

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