Quase 900 autuações foram aplicadas às empresas de ônibus de Belo Horizonte e região metropolitana por descumprimento da determinação para que coletivos circulem com apenas a capacidade de passageiros sentados. As informações foram divulgadas pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e pela Secretaria de Infraestrutura e Transporte.

A deliberação da norma foi feita pelo Comitê Extraordinário Covid-19, do Governo de Minas Gerais, no último dia 23 de março. Até a última quarta-feira (15), a BHTrans já tinha aplicado 816 infrações nas empresas por descumprirem as normas. O monitoramento das estações de transporte, segundo a empresa, é feito por 24 horas.

“O trânsito mais tranquilo e sem retenções viabiliza que as viagens sejam realizadas dentro do tempo previsto, evitando, assim, atrasos. Ainda assim, a presença dos agentes em todas as estações possibilita que, verificando um número maior de usuários aguardando uma linha, um veículo extra seja convocado para reforçar a operação da linha, agilizar o embarque dos passageiros e evitar a aglomeração de pessoas”, explicou por nota a empresa.

Denúncias sobre ônibus circulando cheios podem ser feitas pelo PBH APP
ou pelo twitter @OficialBHTRANS. A BHTrans informou que ainda não houve cobrança pelas multas, que são no valor de 539,50, porque as empresas notificadas têm prazo para apresentar recursos.

Região metropolitana

Na região metropolitana de Belo Horizonte foram aplicadas 60 autuações nos coletivos, também do dia 23 de março ao dia 15 de abril. Foram um total de 1.399 viagens fiscalizadas. Os dados são da Secretaria de Infraestrutura e Transporte (Seinfra).

“Neste momento, o principal objetivo das ações de fiscalização é acompanhar o cumprimento das medidas de combate à Covid-19. Além disso, temos aproveitado a oportunidade para esclarecer e conscientizar sobre o papel de cada um no atual cenário. A colaboração do usuário, principalmente no sentido de não insistir em entrar em veículos que já estejam com a lotação estipulada, é muito importante”, explica o diretor de Operação Viária do DEER-MG, Anderson Tavares.

O Estado determinou que as empresas mantenham funcionários e ônibus extras de prontidão, para permitir que adequações pontuais sejam realizadas o mais rápido possível, permitindo que o passageiro embarque no ônibus seguinte sem, para isso, ter que esperar um grande período.