Apesar da expectativa de Belo Horizonte ter em 2023 o maior Carnaval de sua história, após 2 anos com as fantasias e a purpurina guardadas pelos foliões por causa da pandemia de Covid-19, há pouco mais de um mês do início da festa, além de ainda não ter fechado um patrocínio, a Prefeitura da capital (PBH) também não conseguiu superar o número de vendedores ambulantes cadastrados na última folia, em 2020. Na época, foram cerca de 13 mil trabalhadores que se registraram para atender a um público com cerca de 500 mil pessoas a menos que os 5 milhões esperados nas ruas de BH neste ano.
Para tentar resolver o problema deste que seria o 3º maior Carnaval do Brasil, o município anunciou na última terça-feira (3) a reabertura do cadastramento dos ambulantes para 2023. A informação de que o cadastro foi aberto mais uma vez após não atingir o número da última folia foi passada na manhã desta quarta-feira (4) pelo presidente da Belotur, Gilberto Castro, em entrevista ao Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM.
"No último ano que tivemos Carnaval, em 2020, tivemos 13 mil ambulantes. Ainda estamos fechando o número desse ano, mas ele ficou menor do que isso. Como temos mais de 500 desfiles cadastrados, a gente entendeu ser importante essa abertura novamente. Temos uma preocupação muito grande do prefeito na questão da geração de emprego, de renda, então, com essa loucura que foi o fim de ano, com Copa do Mundo e eleição, acreditamos que essas pessoas que precisam de trabalhar, talvez, não tenham tido a oportunidade", detalhou.
Confira um trecho da entrevista:
Em entrevista ao Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, o presidente da Belotur, Gilberto Castro, afirmou que cadastro de ambulantes foi reaberto após número não superar os vendedores registrados para a última folia antes da pandemia, em 2020. pic.twitter.com/z85D6qs0oI
— O Tempo (@otempo) January 4, 2023
O cadastramento vai de 4 a 13 de janeiro. "Pedimos que eles não deixem para a última hora, para evitar filas, mas é uma oportunidade para gerar renda", alerta Castro. A reportagem de O TEMPO procurou a assessoria de imprensa da Belotur para tentar confirmar o número de foliões já cadatrados neste ano, mas, até o momento, o dado não foi repassado.
Durante a entrevista, Gilberto Castro também falou sobre o problema do patrocínio, mas garantiu que, mesmo que não seja encontrado nenhum financiador, a PBH vai garantir a estrutura da folia. A estimativa de custo para o Carnaval 2023, ainda conforme o presidente da Belotur, era cerca de R$ 21 milhões.
"O Carnaval não está em risco, os blocos não estão em risco, a estrutura necessária, os fechamentos de rua, os banheiros quimicos, os desfiles das escolas e blocos caricatos e toda estrutura necesária está garantida. Óbvio que vamos buscar o recurso privado para pagar isso, mas, caso ele não aconteça em sua totalidade, mesmo que parcialmente, o que sobrar vai caber à PBH manter essa festa da melhor forma possível (...) Se tivéssemos o recurso privado teríamos uma série de ações a mais, mas consigo garantir que existe todo o empenho, tanto para buscar o dinheiro privado como da Prefeitura, para continuar executando com a mesma qualidade. Mas vai ter Carnaval!", garantiu.
Castro disse ainda que, após os últimos anos, já ficou provado que o Carnaval de BH tem potencial para trazer benefícios para os patrocinadores. "Temos um evento que tem muito a entregar para um patrocinador, tanto na exposição da marca como no consumo durante a festa, seja bebidas ou não. Então, temos uma expectativa grande de conseguir firmar algum patrocínio (...) Não sei responder o porquê de não termos ainda. A gente vem de um período conturbado, eleição, depois Copa do Mundo - que as empresas investiram bastante -, depois Natal, Ano Novo e, talvez, eles tenham gasto muito. Não sei dizer o motivo ao certo, mas não resta dúvida da importância do nosso Carnaval", finalizou.
Assista a entrevista completa: