'Estamos muito afetados psicologicamente', diz moradora da Tereza Cristina

Sem trabalhar há cinco dias após ter o pet shop do qual é proprietária totalmente alagado pelo transbordamento do Ribeirão Arrudas no último domingo (19) na avenida Tereza Cristina, na altura do bairro Vila Betânia, a comerciante Grazielle Souza Rodrigues, de 32 anos, agora teme o que pode acontecer com a chuva prevista para esta sexta-feira (24).

O prejuízo calculado por ela e pela sócia, até o momento, é de cerca de R$ 10 mil, mas nenhuma reforma será feita até a passagem da que pode ser a pior chuva da história da capital, segundo a Defesa Civil. 

“A gente fica em estado de choque, não sabe o que fazer, porque dá uma chuvinha qualquer, a gente já fica desesperado. Eu tenho filho para criar e o meu ganho vem aqui do pet shop. O ganho que eu tenho aqui eu poderia ajudar a minha mãe, mas como eu vou ajudar, sendo que está fechado desde segunda porque a chuva de domingo destruiu tudo? Eu estou em estado de choque. Psicologicamente falando estamos muito afetados”, afirmou. 

Assista à conversa com ela:

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por O Tempo (@otempo) em 23 de Jan, 2020 às 7:49 PST

Para Grazielle, povo precisa ser retirado da avenida. "Eu não sei por onde eu começo, fico até meio perdida. Fico triste e angustiada de saber que o prefeito deveria fazer mais pelo povo. Minha mãe não invadiu aqui, ela foi indenizada. Tiraram minha mãe de um local para fazer uma avenida onde ela morava, lá no Urca, para colocar aqui e, Deus que me livre, ela morrer afogada aqui nessa enchente? Se eles estão conseguindo verba para arrumar a Tereza Cristina, tem que conseguir verba para tirar o povo daqui", disse.