O mecânico Paulo Pacífico, de 46 anos, foi um dos últimos a estar com o médico e piloto de avião Francisco Gontijo, 45, morto na queda de seu monomotor, modelo francês Socata ST-10 Diplomate, na tarde deste sábado (13).
De acordo com Pacífico, Gontijo estava "feliz e tranquilo" ao lado dos dois filhos no Aeroporto Carlos Prates, conferindo os detalhes antes de levantar o que seria seu último voo.
"Estava feliz e tranquilo com os dois filhos hoje, conferindo o motor, tudo, motor bem afiado, tudo em dia, manutenção bem feita, conferida, não tem erro, a ANAC sempre em cima", explicou.
Ele era dono do monomotor há mais de dez anos, conforme garante o mecânico, e que sempre foi cuidadoso com o avião que mantinha por hobby.
"Ele pegava o avião de vez em quando, às vezes ia com a família, sozinho e fazia voos locais. Era o hobby dele, tinha outro avião, mas que fica em outro aeroporto. Ele era um bom piloto", continuou.
Pacífico não sabe o que pode ter ocorrido e garante que quem pilota tem total confiança naquilo que pode fazer. "O avião é uma coisa muito segura, quem voa não tem medo, ele confiava naquilo que estava fazendo e com muita certeza", completou.
O acidente
Por volta das 15h20 deste sábado (13), o monomotor pilotado por Francisco Gontijo caiu na rua Minerva, no bairro Caiçara, próximo ao Supermercado Epa. Apesar de ser uma região residencial e repleta de prédios, a aeronava atingiu apenas o portão de uma casa e não deixou mais feridos.
Um perito do Cenipa começa a estudar os motivos do acidente a partir da manhã deste domingo, quando terá visibilidade para entender a dinâmica da fatalidade.