Sul de Minas

Estelionatário que causou prejuízo de R$ 5 milhões é preso em MG

O chefe da organização criminosa, de 34 anos, foi preso; foram cumpridos ainda 14 mandados de busca e apreensão em Minas e Espírito Santo

Por Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2021 | 22:15
 
 
 
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O líder de uma organização criminosa acusada de causar um prejuízo de R$ 5 milhões em golpes a consórcios foi preso, na última segunda-feira (27), no município de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas. A operação, denominada "Azar Certo", cumpriu ainda 14 mandados de busca e apreensão na cidade, em Ubá e Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Marataízes, no Espírito Santo. 

De acordo com a Polícia Civil (PC), as investigações apontaram que o suspeito de 34 anos, chefe da organização criminosa, criou diversas empresas no ramo de veículos, construção civil e de loteamentos. O objetivo era vender consórcios e, juntamente com a quadrilha, captar clientes que efetuavam os pagamentos integrais das parcelas ou efetuavam lances, porém, não eram contemplados com o prêmio contratado.

Ao todo, o número de vítimas pode ultrapassar 100 pessoas e o montante aplicado nos golpes pode atingir R$ 5 milhões. De acordo com provas obtidas durante os cumprimentos de busca e apreensão, o preso já teria se instalado no município de Marataízes, onde já estava angariando novas vítimas no outro estado.

"O suspeito ostentava vida luxuosa no estado capixaba com os proveitos dos crimes cometidos, ocultando os bens em nome de laranjas", detalha a polícia, que também investiga o crime de lavagem de dinheiro.

Ainda, durante as buscas, foram arrecadados elementos de informações que indicam que a organização criminosa estaria montando uma espécie de Call Center no Espírito Santo, com o objetivo de ampliar o negócio criminoso para todo o país.

De acordo com o delegado Douglas Mota, a operação "Azar Certo" foi muito importante para tirar de circulação este indivíduo, que há anos vem cometendo golpes que transcendem a fronteira de Minas Gerais e, o mais importante, angariar informações sobre o patrimônio do líder, dos membros da organização criminosa e das interpostas pessoas que ocultam o patrimônio deste indivíduo, visando o ressarcimento das vítimas e a reparação dos danos.

Um ano de investigação

Ainda conforme a PC, a investigação começou há mais de um ano, presidida inicialmente pela delegada Deise Fernandes que, ao perceber o volume de vítimas e a complexidade do caso, acionou o setor de Inteligência da DRPC de Ubá.

“O suspeito utiliza de empresas administradas por ele, Ubá Motos, Ubá Construtora e Sorte Certa, para aplicar os golpes. As pessoas que fizeram negócio com essas empresas e se sentirem lesadas, busquem a Polícia Civil para fazerem o registro para que providências sejam tomadas”, ressaltou a delegada.

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