Pandemia

Estimativa de casos de Covid-19 com base no esgoto em BH cresce 712% em um mês

Na última semana, a capital mineira voltou a registrar o Sars-Cov-2 em todas as mostras de esgoto analisadas, o que não ocorreu nas anteriores; informações são da pesquisa coordenada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Por Da redação
Publicado em 24 de novembro de 2020 | 13:46
 
 
 
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Entre a 42º semana epidemiológica (SE), de 11 a 17 de outubro, e a 46º SE, de 7 a 13 de novembro, o número estimado de pessoas infectadas pelo coronvírus em Belo Horizonte com base nas amostras de esgoto da capital saltou 712% – de 79.852 casos estimados de Covid-19 para 569.181. Na última semana, a capital mineira voltou a registrar o Sars-Cov-2 em todas as mostras de esgoto analisadas, o que não ocorreu nas anteriores. 

As informações são da pesquisa coordenada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que detecta e quantifica a presença do coronavírus em amostras de esgoto da capital e região metropolitana. “Na última semana (7 a 13 de novembro), foram estimados 569.181 casos na capital. Para Contagem, o projeto estima cerca de 100 mil casos, assim como nas duas semanas anteriores”, informa a instituição de ensino em nota. 

O projeto é realizado em conjunto pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), coordenado pela UFMG. 

Conforme o 23º boletim divulgado pelo projeto, na última sexta-feira (20), todas as regiões monitoradas pelo grupo – nas bacias do ribeirão Arrudas e do Onça – voltaram a apresentar resultados positivos para detecção do coronvírus. 

“Na bacia do Arrudas, foi registrada tendência de aumento dos percentuais de população infectada nas últimas seis semanas de monitoramento; na bacia do Onça, apesar da redução gradativa dos percentuais de população infectada estimada ao longo das últimas quatro semanas de monitoramento, observou-se tendência geral de aumento em relação à média das duas semanas anteriores à de 7 a 13”, pontua a universidade.

“Os resultados têm sido consistentes com o movimento de notificação de casos, e nosso trabalho tem sido capaz de detectar aumentos com antecedência em relação aos dados clínicos e de internações na capital e em Contagem”, analisa o professor Carlos Chernicharo, da Escola de Engenharia da UFMG, coordenador do INCT ETEs Sustentáveis, em nota. 

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