Em 2 de dezembro de 1720, as chamadas terras centrais eram elevadas à condição de Capitania de Minas, considerado o marco fundador do Estado. Nesta segunda-feira (2), a partir das 19h, o primeiro de uma série de eventos dá início à programação de comemoração dos 300 anos de Minas Gerais. No evento, o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) vai pedir o tombamento estadual do Morro da Queimada, sítio arqueológico de Ouro Preto, na Região Central, que foi um dos palcos da Sedição de Vila Rica, em 1720, momento crucial para a criação das Capitanias de Minas, pela Coroa Portuguesa.. O evento desta segunda, conta com a palestra do senador Antônio Anastasia (PSDB).
Para o presidente do IHGMG, Luiz Carlos Abritta, o evento marca uma das datas mais especiais de Minas Gerais. “Em 2 de dezembro de 2020, portanto daqui a um ano, vamos completar o tricentenário do início da organização territorial, administrativa, política e sociocultural do estado de Minas Gerais”, assinala Abritta. Segundo ele, ao longo de 2020, uma série de eventos irão comemorar a data.
Para as atividades, o IHGMG forma parceria com o Centro de Referência em Cartografia História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Arquivo Público Mineiro, vinculado à Superintendência de Museus, Bibliotecas e Arquivo Público e Equipamentos Culturais , além da Fundação Clóvis Salgado e outras instituições. A sede do instituto fica na Rua dos Guajajaras, 1.268, no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul de BH.
A separação da Capitania
Segundo consta no site do IHGMG, em 02 de dezembro de 1720, o rei Dom João V, após ouvir as considerações do Conselho Ultramarino expediu o alvará régio criando um governo para a Capitania de São Paulo e outro para a região das Minas Gerais.
Na publicação, o instituto, citando os estudos do historiador e associado do IHGMG Waldemar de Almeida Barbosa (1907-2000), explica que o comando da capitania de São Paulo e Minas do Ouro deixava São Paulo sem governo próprio, uma vez que os governadores se instalavam na região das minas recém-descobertas.
Diante disso e também com o crescimento da população das vilas mineiras e a Sedição de Vila Rica, as discussões se intensificaram concluindo com a determinação real em prol da separação das capitanias ao final do ano de 1720.