Ex-assessor suspeito de estar em briga entre torcidas em BH tem prisão decretada

A Justiça decretou, nesta quinta-feira (7), a prisão de Marcos Vinicius Oliveira de Melo, conhecido como Vinicin, acusado de participação na briga entre torcidas organizadas do Atlético e do Cruzeiro, que resultou na morte de um cruzeirense no último sábado (2). Até a noite desta sexta-feira (8), Marcos estava foragido da Justiça. Recentemente, ele foi exonerado do cargo de assessor parlamentar, no gabinete do vereador César Gordin (Solidariedade).

O mandado de prisão não está relacionado ao assassinato do último sábado, mas sim a uma regressão de regime. Isso porque Marcos foi condenado, em 2013, a 15 anos de prisão por um homicídio e estava em liberdade condicional. Como esteve envolvido no conflito entre as torcidas, teve o benefício suspenso.

A condenação em 2013 também está relacionada à morte de um cruzeirense, ocorrida em novembro de 2010. Na ocasião, Otávio Fernandes morreu aos 19 anos após ser espancado na avenida Nossa Senhora do Carmo. O crime teria sido cometido por Vinicin e outros integrantes da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético.

O TEMPO tentou falar com a defesa de Vinicin, mas até a última edição, não conseguiu contato. O espaço permanece aberto para uma posição. Nas redes sociais, em meio às acusações de envolvimento na briga, Vinicin garantiu inocência. Contudo, nesta sexta-feira, o perfil dele no Instagram não estava mais visível.

Relembre a briga do último sábado

Torcedores de organizadas do Atlético e do Cruzeiro se envolveram em uma briga que deixou um morto e outros três feridos. O conflito ocorreu próximo ao cruzamento entre as avenidas Tito Fulgêncio e Tereza Cristina, horas antes das partidas do Galo e da Raposa pelo Campeonato Mineiro, contra Tombense e Uberlândia, respectivamente.

Baleado no tórax, Lucas Elias Vieira Silva, de 28 anos, chegou a ser levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu. Outros dois foram baleados na perna e levados para a UPA do Barreiro, em BH. O quarto envolvido foi ferido a pauladas. Todos eles são torcedores do Cruzeiro. Dois suspeitos foram detidos pela Polícia Militar.

PM acredita em emboscada

Segundo a PM, a confusão começou após um grupo de torcedores do Galo cercar a torcida da Raposa no cruzamento entre as avenidas Tito Fulgêncio e Tereza Cristina.

"Houve uma emboscada por parte da torcida organizada do Atlético para pegar os torcedores do Cruzeiro desprevenidos. Dessa emboscada teve todo esse desencadeamento, que terminou com a morte de um torcedor. Então, a gente acredita que foi uma emboscada por parte da torcida, que foge do nosso planejamento", afirmou o aspirante Wendel Ferreira, do 39º Batalhão da PM.

Segundo a PM, os suspeitos estavam em um carro, modelo Voyage prata. Assim que avistaram o grupo cruzeirense, eles desembarcaram, sendo dois armados, e dispararam contra as vítimas. "Quatro pessoas desceram de um Voyage de cor prata, que vinha no sentido Barreiro; duas delas armadas, se dirigiram aos torcedores do Cruzeiro e atiraram contra eles", conta.