Bairro Castelo

Família de Hilma Balsamão fica satisfeita com conclusão de inquérito

As investigações constataram que a morte foi causada por um acidente. A família não corroborava com a versão de suicídio

Por Natália Oliveira e Lara Alves
Publicado em 15 de abril de 2021 | 12:53
 
 
 
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A família da administradora de empresas, Hilma Balsamão, de 38 anos, ficou satisfeita com o resultado do inquérito sobre a morte dela que concluiu que a morte foi acidental. "Nós sabíamos que essa alegação de que ela cometeu suicídio era falsa e não é por achismo, há um parecer técnico que comprova que houve de fato um acidente precedido de uma briga", relata o irmão de Hilma, Mauro Filho, que acompanhou o arquivamento do inquérito pela Justiça nesta quarta-feira (14). 

Hilma caiu caiu da cobertura do namorado, Gustavo de Almeida Veloso, durante uma festa no dia 20 de novembro do ano passado. Na versão de testemunhas ela teria suicidado, no entanto a família nunca acreditou nessa hipótese.  As investigações apontam que a ingestão de bebida alcoólica – e o alto teor de álcool detectado no corpo dela em análises do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) – foi a responsável pela queda da mulher.

As  investigações concluíram que, em meio à briga com o namorado, Hilma caminhou firme em direção à piscina da cobertura – que é cercada por um parapeito com altura entre 50 e 113 centímetros – e transpôs o guarda-corpo com a perna direita. A outra perna a teria derrubado. 

“Nos próprios relatos, tanto a testemunha quanto o investigado, dizem que acharam que Hilma iria pular na piscina. Mas, infelizmente, a vítima passa com a perna em cima do parapeito e cai da cobertura”, informou o perito  Bruno Ferreira.
Mauro e outros familiares se reuniram nesta quarta-feira (14) à noite com representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que pediu o arquivamento do inquérito. 

"Houve uma dedicação até fora da curva em relação às apurações da morte dela. Apesar do fim trágico, nos sentimos aliviados com essa conclusão, por que queríamos que a verdade fosse restabelecida, já que sabiamos que ela não tinha se matado. O que ainda não entendo é como que ninguém que estava nesta festa não chamou uma ambulância ou nos procurou", lamenta Filho. 

Relembre

Hilma Balsamão de Morais de 38 anos morreu após cair da cobertura do prédio do namorado, no bairro Castelo, na região da Pampulha. O corpo dela foi achado na área privativa de um apartamento no primeiro andar do mesmo edifício. À ocasião, a Polícia Militar (PM) registrou a ocorrência como autoextermínio, hipótese já contestada à época pela família da administradora de imóveis.

Depois da morte, o namorado de Hilma, um empresário de 42 anos, disse que ela chegou à residência dele às 14h daquela sexta-feira, 20 de novembro de 2020. Ele contou que a mulher queria manter um relacionamento afetivo com ele, o que, entretanto, foi negado para ela. Diante da rejeição, os dois teriam entrado em atrito na cobertura – logo depois, segundo ele, Hilma foi até a sacada, “passou uma das pernas, dependurou com um dos braços e se atirou”. Ela caiu por 15 metros de altura. Ele também atestou que os dois tinham consumido bebidas alcoólicas.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou, como acreditava a família, que não tratava-se de suicídio. Participaram também da apresentação do inquérito à manhã de quarta-feira (14) os delegados Letícia Gamboge e Frederico Abelha da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

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