Operação Divisas Seguras

Fiscalização ao tráfico de drogas e armas será ampliada no Estado

Segundo o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, atuação policial será intensificada nas estradas mineiras até o fim do ano

Por Luciene Câmara
Publicado em 29 de outubro de 2013 | 18:52
 
 
 
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A fiscalização ao tráfico de drogas e armas será ampliada nas divisas de Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) se reuniu, nesta terça-feira (29), com representantes de quatro Estados e conseguiu ampliar a operação Divisas Seguras em mais três regiões de São Paulo, que já integra a ação, e também no Espírito Santo e na Bahia. Já Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não compareceram ao encontro, mas teriam sinalizado interesse em participar do cerco. “O cidadão vai encontrar uma intensificação da atuação policial nas estradas mineiras já neste final de ano”, afirmou o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz.

Perfil

Por enquanto, a operação consiste em blitze realizadas uma vez por mês, em média, e simultaneamente nos Estados participantes. Os pontos escolhidos são rodovias e centros urbanos que possam servir de rota para o tráfico. No entanto, até agora, boa parte das divisas estavam descobertas. Apenas Minas, São Paulo e Goiás participavam da ação.

O comandante do Policiamento do Interior 3 - Ribeirão Preto (SP), José Roberto Malaspina, informou ainda que, em São Paulo, só o seu comando e o de São José do Rio Preto tinham aderido. Com a reunião de ontem, outros três comandos paulistas vão integrar as blitze – nas regiões de São José dos Campos, Piracicaba e Campinas. “Com essas cidades, fecharemos toda a extensão da divisa”, disse Malaspina. O Espírito Santo e a Bahia também já confirmaram a adesão, mas ainda não assinaram o Termo de Cooperação Técnica, que formaliza a parceria. Representantes desses Estados se comprometeram em participar do próximo encontro trimestral do Divisas Seguras, que ocorrerá em novembro, no Triângulo Mineiro. “São mais de 1.000 km de extensão entre Montalvânia (Norte) e Nanuque (Vale do Mucuri), que estão sem uma ação integrada”, disse o comandante do Policiamento da Regional Oeste da Bahia, coronel Inácio Paz Lira Júnior, referindo-se à divisa entre Minas e Bahia.

Falta

Já o subgrupo de repressão qualificada do Divisas Seguras – que fará a investigação das principais rotas e redes criminosas – ainda não começou a atuar. “A equipe foi formada no mês passado e em breve iniciaremos os trabalhos”, afirmou a a secretária Adjunta de Defesa Social, Cássia Gontijo. O grupo fará o serviço de inteligência, cruzando dados entre os Estados para desmontar esquemas de tráfico. Para o sociólogo e analista em segurança pública Robson Sávio a operação só terá efeito se houver investigação e fiscalização permanente. “Ação pontual não resolve, só tem efeito midiático”, concluiu Sávio.

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