Sul de Minas

Foragidos teriam sequestrado taxista para fugir de Itamonte

Segundo as informações iniciais da Polícia Militar do município, dois homens fortemente armados ainda estariam com a vítima

Por LUÍZA MUZZI
Publicado em 23 de fevereiro de 2014 | 21:27
 
 
 
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Na tentativa de fugir de Itamonte, no Sul de Minas Gerais, após o tiroteio que resultou na morte de nove assaltantes na madrugada deste sábado (22), dois foragidos teriam sequestrado um taxista e comerciante da cidade, no início da noite deste domingo (23). As informações iniciais da Polícia Militar (PM) do município dão conta que a vítima teria sido abordada em seu restaurante, às margens da BR-354.

Testemunhas informaram aos militares que os dois bandidos fortemente armados, sendo um deles com um fuzil, renderam o homem, identificado apenas como Zélio, no momento em que ele abria o seu restaurante. Segundo a PM, toda a polícia está  empenhada para libertar o homem. Eles teriam fugido com o veículo da vítima em direção à divisa com o Rio de Janeiro. Cercos foram feitos na região, mas ninguém foi localizado.

Durante todo este domingo, policiais militares e civis de Minas Gerais e São Paulo continuaram as buscas, acreditando que ao menos um dos suspeitos da tentativa de roubo a bancos estaria em matas da região.

A PM de Itamonte informou que as buscas foram feitas em terra e também com o auxílio de um helicóptero, que sobrevoou toda a região. A procura foi voltada especialmente para matagais e casas abandonadas, já que o município possui uma grande extensão rural e existia a possibilidade dos foragidos terem se escondido no mato.

Depois da grande operação que envolveu cerca de 120 policiais civis, militares e rodoviários federais e deixou nove assaltantes mortos e quatro presos, ninguém mais foi detido. Neste domingo, os nove corpos foram encaminhados para a unidade de Medicina Legal de São Lourenço, também no Sul do Estado, que está finalizando a formalização de necropsias e perícias para a conclusão do caso.

Até o início da noite, quatro corpos já haviam sido identificados por familiares. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o reconhecimento está sendo feito à medida que os parentes das vítimas chegam ao local.

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, as cidades de Itanhandu, Itamonte e Passa Quatro, no Sul de Minas, e Piracaia, Salesópolis e Itatiba, em São Paulo, já haviam sido alvo da quadrilha.

Tensão

O clima no município, que fica a 430 km de Belo Horizonte, após a grande operação policial ainda é de tensão. Além dos tiros ouvidos durante a madrugada, os corpos dos suspeitos mortos estavam estirados na praça Padre Francisco Mira, a principal da cidade.

Segundo moradores, além do helicóptero que sobrevoa a cidade, viaturas policiais continuam circulando pelas ruas. “O povo está bem assustado ainda, não para de comentar. Em cidade pequena, fica todo mundo cismado”, afirmou um morador, que preferiu não se identificar.

Boato

Neste domingo (23), ao longo de todo o dia, circulou na pequena Itamonte um boato de que um dos suspeitos mortos não teria envolvimento com o crime. Segundo moradores, Silmar Júnior Madeira seria natural de Itanhandu, município localizado a 14 km de Itamonte, e teria sido sequestrado pelos bandidos para participar do crime. Ele foi morto ainda dentro do seu veículo. A Polícia Civil, no entanto, não confirmou a informação.

Relembre

A operação policial que resultou na morte de nove suspeitos aconteceu na madrugada de sábado, quando cerca de 14 assaltantes com coletes à prova de balas, máscaras de palhaço, fuzis, pistolas, escopeta e dinamites entraram na cidade. Segundo o delegado João Eusébio Cruz, o grupo havia planejado atacar caixas eletrônicos de cinco agências bancárias de Itamonte e o pelotão da PM na cidade. A troca de tiros com a polícia durou aproximadamente uma hora.

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