Fundação Cargill usa projeto de voluntariado para ajudar comunidades vulneráveis

Entre as muitas lições que o período de pandemia do novo coronavírus deixou para a sociedade, uma das mais significativas é a que mostra como projetos sociais podem afetar positivamente a vida de muita gente passando por momentos de dificuldade. 

Buscando reconhecer e valorizar o trabalho de empresas engajadas em ações humanitárias em Minas Gerais, a Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM) – organização sem fins lucrativos que está em atividade há mais de 35 anos – criou o Comitê Mineiro de Voluntariado Corporativo (CMVC). Em atividade desde 2015, o CMVC atualmente conta com mais de 80 instituições cadastradas, entre empresas nacionais e multinacionais e instituições de ensino, que promovem um trabalho voluntário ativo em todo o Estado. 

Um dos membros do comitê que tem obtido sucesso no campo do empreendedorismo social – principalmente durante a crise do Covid-19 – é a Fundação Cargill, instituição criada em 1973 que atua como elo entre a Cargill e suas ações socioambientais e comunitárias. 

Através do projeto Semeando Futuro, que está em atividade desde 1997, a entidade vem promovendo o bem-estar em comunidades carentes de todo o Brasil com programas que trazem alternativas positivas em áreas diversas como a conscientização social, o apoio educacional e o combate à insegurança alimentar e nutricional. 

“O espírito de voluntariado faz parte da cultura da Cargill. Há cerca de 24 anos, um grupo de funcionários se sensibilizou com a falta de materiais escolares das comunidades ao redor de uma das bases da empresa e iniciou uma ação de doação para ajudar os moradores. Desde então, o programa foi se estruturando e ganhando novos adeptos. Fizemos campanhas internas de motivação, e isso se tornou parte da nossa cultura”, explica a diretora-presidente da Fundação Cargill no Brasil, Flavia Tayama.
 
Segundo a gestora, somente em 2020, durante um dos períodos mais crônicos da pandemia, a iniciativa mobilizou 1.341 voluntários que trabalharam 1.626 horas para ajudar a mais de 40 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social nas periferias de 73 metrópoles do país – incluindo as cidades mineiras de Uberlândia, Patrocínio, Conceição das Alagoas, Patos de Minas, Prata, Varginha, Perdizes, Governador Valadares e Belo Horizonte. 

“Nesse período crítico, nossa ideia foi manter o foco em nossas comunidades, colocando as pessoas em primeiro lugar. No ano passado, mesmo com todas as limitações que enfrentamos como sociedade, nossos voluntários conseguiram servir um número considerável de comunidades carentes. Isso nos deixou muito orgulhosos do nosso trabalho”, destaca Flavia. 

Rede da solidariedade 

A mineira Maiara Batalini de Macedo, 32, é uma das peças-chave nesse raio de atuação da Fundação Cargill. Especialista de compliance global pela empresa, ela é uma das voluntárias do projeto no segmento de jogos e atividades para crianças na cidade de Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro.  

Integrante do programa desde 2019, Maiara diz que é recompensante atuar de forma construtiva na vida das pessoas. 

“Desde a época da faculdade, sempre foi importante para mim estar envolvida em projetos de voluntariado. Quando entrei no mercado de trabalho, fiquei feliz em poder realizar esse chamado aqui na Cargill. Como o trabalho é com alimentação saudável, a gente acaba vendo benefícios reais acontecendo na vida das comunidades que atendemos. Isso faz a experiência ser realmente gratificante”, avalia. 

Além de poder servir a comunidade, Maiara conta que o Semeando Futuro a fez perceber que, mesmo em uma empresa de grande porte como a Cargill, o lado humano pode prevalecer. 

“Ser uma voluntária me fez enxergar meus colegas de trabalho por um ângulo mais humanitário. Isso me ajudou a lembrar que somos muito mais do que os títulos nos nossos crachás. É bom saber que estamos juntos em uma missão para fazer o futuro um pouco melhor”, completa. 

CDM e CMVC: líderes em iniciativas do bem 

Fundada há mais de 35 anos, a Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM) é uma organização sem fins lucrativos que conduz ações de planejamento, gestão, execução e avaliação de programas sociais, de voluntariado corporativo e de eficiência energética – todos alinhados às demandas de organizações, órgãos públicos e territórios, visando criar valor compartilhado. 

Com o intuito de enaltecer o trabalho de empresas atuantes em Minas Gerais que tenham um histórico de responsabilidade social, a CDM criou em 2015 o Comitê Mineiro de Voluntariado Corporativo (CMVC). Em seus seis anos de atuação, o CMVC vem fomentando o aprendizado integrado, além de promover o compartilhamento de experiências e boas práticas. Até o momento, a entidade já promoveu 20 encontros com a apresentação de 40 cases. 

“A integração do grupo, os encontros e as trocas contribuíram significativamente para as oportunidades de inovação e a continuidade das iniciativas voluntárias”, define Vivian Ramos, gerente de projetos da CDM. 

Prêmio CMVC 

Ainda no contexto de reconhecer as ações de responsabilidade social e solidariedade das empresas que fazem parte do Comitê Mineiro de Voluntariado Corporativo – particularmente as realizadas no contexto da pandemia –, a Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM) está promovendo a primeira edição do Prêmio CMVC.
  
Com o tema “Conexões Que Inspiram”, a premiação tem como intuito dar visibilidade aos esforços de firmas e voluntários, que, mesmo em um cenário de crise, se reinventaram e mantiveram o compromisso com as ações de impacto social. 

“É uma forma de valorizar o trabalho dessas instituições que se empenharam muito para exercer o voluntariado mesmo na pandemia”, destaca Vivian Ramos. 

As inscrições para o Prêmio CMVC já estão abertas e podem ser feitas até o dia 2 de agosto na plataforma Prosas. Lá, estão disponíveis também o edital e as demais orientações sobre a premiação.
 
Empresas que ainda não façam parte do grupo podem enviar um e-mail para cmvc@cdm.org.br e solicitar sua participação gratuita.