O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), disse que o pedido das empresas de ônibus para aumento da passagem de R$ 4,50 para R$ 6,90 em meio ao fim do subsídio "não surpreende" e já era esperado. As declarações foram dadas em entrevista ao Super N 2º Edição, da Rádio Super. 

"É uma novela que se arrasta e que estava anunciada. Todo ano é a mesma história", afirmou o vereador, que criticou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), por, segundo Gabriel, não ter tomado ações durante o período em que o subsídio foi pago para discutir um novo contrato com as empresas de ônibus. 

"[Quando assinado o acordo para o subsídio], eu repetia: daqui a um ano esse auxílio vai acabar, e quando ele acabar, temos que estar com o contrato reformulado. Este tempo foi dado ao prefeito para a tarifa ser repensada. O que o senhor prefeito fez? Nada. Absolutamente nada", afirmou.

O pedido do reajuste a partir de abril se deve ao fim do pagamento do subsídio, que possibilitou a manutenção das passagens em R$ 4,50. Março é o último mês do repasse. Ao todo, as empresas do transporte convencional vão receber R$ 226,6 milhões e as do transporte suplementar R$ 11 milhões.