O Governo de Minas Gerais vai adotar duas novas estratégias para aumentar a cobertura vacinal no Estado. O executivo estadual vai investir em ações que incentivem a vacinação itinerante, por meio de campanhas de vacinação em creches e em escolas públicas. Outra medida será a compra de vacimóveis para cidades mineiras e consórcios de municípios.
A medida visa aumentar o alcance das equipes de vacinação e fazer os imunizantes chegarem a uma parcela da população que tem dificuldades de ir aos postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), locais onde geralmente a vacina é ofertada.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti, todas as vacinas preconizadas no Plano Nacional de Imunização estão abaixo da meta, que é de 95%.
"Algumas estão abaixo de 90%. Outras, abaixo de 80%", diz Bacheretti. Questionado sobre quais doenças mais preocupam no momento, o secretário não citou nenhuma doença que teve avanços em Minas. Mas alertou, por exemplo, para a situação da poliomielite, que, apesar de erradicada, pode ter novos casos se a cobertura vacinal estiver em patamares abaixo do necessário.
"As gerações que viveram essa doença sabem o quanto ela é devastadora. E a vacina consegue dar 100%, praticamente, de segurança para as crianças não terem", explica.
Segundo o governo de Minas, 72 municípios com população acima de 50 mil habitantes vão receber um vacimóvel cada. Ainda 53 consórcios de municípios vão receber um total de 181 veículos. O investimento nas vans de vacinação será de R$ 103.477.000.
Os municípios integrantes dos consórcios poderão solicitar visitas do vacimóvel, de acordo com as necessidades locais, levando em conta a quantidade de pessoas e as vacinas que precisam ser aplicadas na cidade.
Em larga escala, as vans vão funcionar a partir de 2024. Elas são equipadas com refrigeração, pia para higienizacação, cadeiras, mesas e armários. As vans vão percorrer locais públicos, como praças e rodoviárias, para vacinar a população.
Outra medida para aumentar a vacinação no Estado é um repasse de recursos como "prêmio" de 165 milhões de reais, que será distribuído para os municípios que conseguirem melhorar os índices de vacinação. Segundo Fábio Bacheretti, há algumas obrigações a serem cumpridas pelas prefeituras.
"Esse prêmio é para os municípios que conseguirem reduzir a diferença de onde estão hoje para a nossa meta, que é de 95%. Aqueles municípios que conseguirem isso e fizerem as ações que são obrigatórias, como as ações em escolas, conseguirão ter esse recurso garantido", afirma.