O encontro entre representantes do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) e do governo federal em Brasília nesta quinta-feira (16) terminou sem acordo para o fim da greve do metrô de Belo Horizonte. Com isso, a operação dos trens segue suspensa.
A audiência ocorreu no prédio do Ministério Público do Trabalho (MPT), que mediou o encontro. O governo federal esteve representado pelos Ministérios da Cidade e da Casa Civil. Conforme o Sindimetro, as pastas "não levaram nenhuma proposta e disseram estarem presentes para ouvir".
Os metroviários, que pedem garantias de emprego após a privatização do metrô de BH, voltam a se reunir em assembleia nesta sexta-feira (17), às 17h, na Estação Central. A expectativa, segundo Robson Zererino, representante do Sindimetro, é de que a greve seja mantida. "Está uma situação muito difícil", disse ele.
Apesar de não terem recebido uma proposta do governo federal, os metroviários comemoram o adiamento da assinatura do edital de concessão do metrô de Belo Horizonte para o Grupo Comporte, vencedor do leilão.
Conforme o edital de privatização, a assinatura deveria ocorrer em um dia útil após a assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações (CCVA), o que estava previsto para 2 de março. Ou seja, nesta sexta-feira (17) completam-se duas semanas de atraso em relação à previsão inicial.
A reportagem questionou o Ministério das Cidades e o Ministério da Casa Civil sobre o encontro com o Sindimetro e aguarda retorno.