Os metroviários que trabalham no metrô de Belo Horizonte pedem ajuda financeira, após serem penalizados com descontos nos salários devido às paralisações durante a greve. O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) afirmou que os trabalhadores realizaram o ato para defender a manutenção de empregos.
"Os metroviários tiveram descontos desumanos por fazerem greve para que seus direitos de empregos concursados não fossem privatizados juntamente com a empresa", afirmou o Sindimetro em uma postagem nas redes sociais na segunda-feira (2). A entidade também afirmou que teve as contas bloqueadas.
“Pedimos para ajudarem os metroviários e suas famílias contribuindo com a vaquinha solitária, pelo pix: cutmg@cutmg.org.br, pela Caixa Econômica federal”, afiram a publicação.
Na greve dos metroviários iniciada em 14 de fevereiro, a Justiça chegou a determinar escala mínima de 70% da operação dos trens e multa de R$ 100 mil — depois aumentada para R$ 200 mil — para o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) em caso de descumprimento. Contudo, a categoria manteve a paralisação por 34 dias.
Com lance único de R$ 25,75 milhões, o Grupo Comporte — que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos — venceu o leilão de concessão do metrô de Belo Horizonte, realizado em 22 de dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A assinatura do contrato ocorreu no dia 23 de março.
Com o resultado, a empresa se compromete a revitalizar a linha 1 e a criar a linha 2 ao longo dos próximos 30 anos. Para que as melhorias saiam do papel, há previsão de investimentos de R$ 3,7 bilhões. A maioria dos recursos sairá de cofres públicos: cerca de R$ 2,8 bilhões serão desembolsados pelo governo federal e R$ 440 mil pelo governo estadual. O restante será de responsabilidade da empresa.