Contra aumento dos combustíveis

Greve dos caminhoneiros: tanqueiros decidem nesta segunda os rumos do movimento

Profissionais do transporte de combustíveis avaliam paralisação após Petrobras anunciar elevação no valor do diesel

Por Rafael Rocha
Publicado em 13 de março de 2022 | 21:25
 
 
 
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O aumento no valor dos combustíveis, em vigor desde a última sexta (11), pode se desdobrar em outros impactos. Um deles é uma suposta greve dos profissionais que transportam combustíveis. A paralisação dos tanqueiros não é descartada pela categoria, que pretende anunciar nesta segunda (14) qual estratégia irá tomar diante da elevação de preços.

A reportagem de O TEMPO fez vários contatos com o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque/MG), mas a entidade informou que só irá se manifestar amanhã.

O motivo alegado para o possível protesto é o aumento no valor do diesel em 24,90%, anunciado pela Petrobras na semana passada. Desde então, o Sinditanque/MG mantém contato com outras representações para avaliar qual a estratégia a ser tomada.

Também houve aumento nos demais combustíveis. A gasolina teve alta de 18,8%, 16,1% para o gás de cozinha e 24,9% para o diesel nas refinarias. No caso do diesel, o valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.

Áudio de ministro apoiando a greve

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que acha "muito correto" que os caminhoneiros façam paralisações para forçar a diminuição do preço dos combustíveis. "Estou vendo caminhoneiros parando de carregar para forçar seus embarcadores e transportadores a repassar para os fretes o custo do aumento de diesel. Acho isso muito correto. No fim do ano passado, no MT, um grupo fez isso e deixou de carregar para as tradings. Conseguiram melhores fretes", disse Tarcísio em uma mensagem de áudio do Whatsapp que acabou sendo divulgada na internet.

Por meio de nota, o Ministério da Infraestrutura negou que Tarcísio tenha dado apoio à suposta greve. "O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, mantém canal aberto com a categoria e já defendeu abertamente, inúmeras vezes, que as principais questões que afetam o setor hoje são correlatas ao próprio mercado. Neste sentido, cabe aos próprios trabalhadores dialogar entre si para buscar as melhores soluções. Em nenhum momento, o ministro apoiou uma greve". 

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