O segundo dia de greve dos motoristas de ônibus em Belo Horizonte gera tumulto e pontos superlotados. Na manhã desta sexta-feira (3), na Estação Diamante, no Barreiro, o tempo médio de espera já ultrapassa as duas horas.
O pedreiro Antônio cassiano, de 58 anos, mora no bairro Vila Pinho e trabalha no bairro Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele saiu de casa às 5h da manhã e foi a pé até a estação, mas o esforço parece ter sido em vão, pela longa espera, o pedreiro já está quase desistindo de tentar chegar ao trabalho.
"Ontem fiquei na estação quase três horas, a ida e a volta foram muito desgastantes.Hoje sinceramente não estou aguentando, vou voltar para casa", disse o pedreiro.
Reunião às 10h pode por fim a greve
Nesta sexta, às 10h, está agendada na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), uma tentativa de acordo entre patrões e empregados, que pode por fim a greve que acerta em cheio a rotina do belo-horizontino que precisa do transportr público para trabalhar.
O motorista de ônibus Marcos Aurélio Soares, de 46 anos, faz parte do movimento grevista, ele disse que para a paralisação ser interrompida nesta sexta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SETRABH) deve apresentar uma proposta que atenda a categoria.
"O SETRA tem que nos oferecer melhores condições. Vamos aguardar qual será a proposta de logo mais", comentou o motorista.