Um homem acusado de envolvimento em uma chacina ocorrida em sítio no bairro Justinópolis, em Ribeirão das Neves, foi condenado a 240 anos de prisão por 29 crimes. A decisão foi dada na última terça-feira, no Tribunal do Júri de Ribeirão das Neves. A chacina no sítio, ocorrida em 2007, deixou sete pessoas mortas, 19 feridas e repercutiu em todo o país. O homem condenado é o líder da gangue da rua Guapé, na Pedreira Prado Lopes, região Noroeste de Belo Horizonte.
O crime aconteceu em 9 de setembro de 2007, em um churrasco no sítio em que participavam mais de cem pessoas, entre elas muitas mulheres e crianças. Durante a madrugada, o réu e seu grupo invadiram o local encapuzados, vestidos com uniformes da Polícia Civil e com toucas ninjas, armados com pistolas de calibre 9 mm e metralhadoras. Mais de cem tiros foram disparados contra os convidados da gangue rival e morreram sete pessoas, entre elas uma adolescente de 14 anos e uma grávida, que foi atingida por seis tiros. O crime ocorreu em função de disputas relacionadas ao tráfico de drogas.
Ele foi o primeiro de oito réus a ser condenado por sete assassinatos triplamente qualificados, 19 tentativas de homicídio também triplamente qualificadas, formação de quadrilha e corrupção de menor, tendo em vista que um dos réus era adolescente na época do crime.
O homem estava preso desde a época do crime e deverá cumprir pena na Penitenciária Nelson Hungria. De acordo com o Ministério Público, outro réu envolvido no caso deverá ser julgado nos próximos dias.