Pampulha

Igrejinha volta a funcionar, com monitoramento 24 horas por dia

Objetivo é combater violência e pichações no patrimônio, que foi todo reformado

Por Fernanda Viegas
Publicado em 04 de outubro de 2019 | 09:08
 
 
 
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A igreja de São Francisco de Assis, a famosa Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte, reabre nesta sexta com segurança reforçada. Desde o início da semana, guardas municipais fiscalizam o cartão-postal e seus arredores durante 24 horas por dia. Cinco câmeras de monitoramento também foram instaladas e conectadas ao Centro Integrado de Operações (COP) para acompanhamento das imagens em tempo real. O objetivo é evitar pichações e outros danos ao patrimônio e também combater possíveis casos de violência na orla da lagoa.

A notícia foi anunciada nessa quinta pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) durante visita à Igrejinha, que estava fechada desde dezembro de 2017 para obras. Em março daquele ano, o monumento foi alvo de pichadores. Naquela época, a Guarda Municipal já fazia o patrulhamento na região, mas a equipe não ficava parada no mesmo ponto o tempo todo. “Nós vamos fazer um sistema que já está combinado com a Guarda Municipal, porque, por incrível que pareça, quando houve aquela pichação (em 2017), o guarda devia ter saído para tomar café”, disse o prefeito.

Agora, três agentes da corporação por turno vão permanecer no local e terão o auxílio de bicicletas, motos, carros e cachorros. Quando houver alguma ocorrência, será pedido reforço imediato do efetivo. “Teremos agentes 24 horas por dia não só para a verificação do patrimônio que está aqui, mas também para a preservação da vida das pessoas, para que elas tenham uma ambiência adequada”, afirmou o comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Prates. 
Ele explica que os automóveis darão mobilidade para que os guardas possam fazer uma vistoria mais abrangente. “Temos agentes que vão ficar fixos aqui, mas vão utilizar esses veículos para poder fazer uma cobertura mais ampla”, detalhou Prates.

Treinamento

A Guarda Municipal alega que está preparada para agir contra as pichações. “Temos desenvolvido treinamentos específicos, e o que eu considero mais importante é que tenho percebido o envolvimento de todos os órgãos que, de alguma maneira, têm relação com esse evento de pichação. A Polícia Civil tem trabalhado com a Guarda Municipal nas informações que a gente coleta no dia a dia, além das próprias investigações que eles levam a efeito, e nós temos tido resultado nisso”, concluiu.

Prefeito espera ter mais mil policiais militares em 2020

O combate a pichações é uma das metas da prefeitura da capital. Para isso, além da fiscalização, o prefeito Alexandre Kalil espera que a “população educada” contribua com a administração pública.

“Falta consciência e educação. Belo Horizonte aumenta a segurança a cada dia. A partir do ano que vem, nós vamos colocar mais mil policiais militares nas ruas, o comandante da PM me deu a notícia na semana passada. A Polícia Militar faz o que pode. Então, está faltando educação, que parte da população não tem. Mas a parte que é educada pode nos ajudar”, solicitou Kalil.

Porta-voz da PM, major Flávio Santiago confirmou que haverá reforço do efetivo para 2020, mas não informou a quantidade. Segundo ele, há um concurso em andamento e novos policiais vão ingressar no ano que vem em várias cidades de Minas, incluindo Belo Horizonte. (FV/Franco Malheiro)

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