Educação

Infectologista de BH: 1ª fase de volta às aulas sem 'surtos' embasa ampliação

Unaí Tupinambás, que chegou a pedir que pais mantivessem os filhos no ensino remoto se pudessem em abril, pondera que, diante da vacinação, cenário agora é mais seguro

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 19 de junho de 2021 | 20:30
 
 
 
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O infectologista do Comitê de Enfrentamento à Covid da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Unaí Tupinambás, considera que a vacinação dos professores e dos trabalhadores da educação aumenta a segurança para a expansão da volta às aulas. Além disso, a experiência do retorno das crianças de até cinco anos, que o especialista considera exitosa, também contribuiu para a decisão.

A partir de segunda-feira (21) as escolas municipais de Belo Horizonte vão receber os alunos entre 6 e 9 anos. Já os colégios particulares têm autorização para atender os estudantes até 14 anos. As demais faixas etárias serão liberadas aos poucos, informou a PBH.

“A diferença daquele momento, no final de abril [quando a volta às aulas começou a ser preparada] para agora é que todo o estafe das escolas foi vacinado. Então é uma grande proteção principalmente para esse grupo de trabalhadores da área da educação”, afirma Tupinambás.

Ele também relata que a experiência com a volta presencial das crianças de até 5 anos foi exitosa, principalmente nas EMEIs.

“Eu acompanhei de perto. A gente ajudou muito as diretoras e as professoras dessa faixa etária. Recebi muitos relatos de que deu certo”, conta o infectologista.

Ele pede que os pais e alunos tomem todos os cuidados necessários e lembra que é preciso que as escolas sigam todos os protocolos. Um deles é o distanciamento de 2 m² por aluno. “Não vai ser a lotação máxima nas salas de aulas”, diz.

Em abril, Unaí Tupinambás chegou a pedir que os pais que pudessem manter os filhos no ensino remoto, o fizessem, já que naquele momento a decisão foi tomada pensando nas famílias e crianças em situação vulnerável, que têm dificuldades de alimentação e de ficar com os filhos em casa porque têm que sair para trabalhar.

Agora, ele chama atenção para a forma como o tempo longe das salas de aula estão afetando as crianças. “Claro que talvez poderia esperar um pouco mais, passar esse período de transmissão de outras viroses, mas no entanto a gente tem que considerar que já são 1 ano e 4 meses fora da escola e isso está impactando muito na saúde das crianças”, conclui o infectologista.

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