A CAMINHO DO IML

Irmãos de tenente viajam de Varginha para BH após encontro de ossada

Parentes devem ceder material genético para exame de DNA; carro da oficial e restos mortais foram encontrados após mais de seis meses de desaparecimento de mulher

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 13 de novembro de 2014 | 06:10
 
 
 
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Dois irmãos da tenente Mirian Tavares, desaparecida no dia 3 de maio deste ano, chegaram a Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (13). Os familiares saíram de Varginha, no Sul de Minas,l após uma ossada ter sido encontrada perto do carro dela.

Segundo Rique Tavares, ele e o outro irmão de Mirian  aguardam a chegada de um primo na porta do Instituto Médico Legal (IML) de BH.

“Estamos com algumas radiografias, que talvez possam ajudar na identificação. Provavelmente, faremos um exame de DNA, mas não sabemos se o sangue será recolhido ainda hoje”, explicou.

Abaladas emocionalmente, a mãe e a irmã da oficial ficaram em Varginha. Parentes de Mirian que moram em Itabirito, na região Central de Minas, também devem seguir para BH. Nessa quarta-feira (12), o carro da tenente foi encontrado caído em uma ribanceira, na altura do KM 46 da BR-356, próximo à Serra de Itabirito.

A cerca de 50 metros do veículo foi encontrada uma ossada e documentos em nome da tenente. O veículo tinha manchas de sangue. O delegado da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, Thiago Saraiva, peritos e um delegado da Polícia Federal acompanharam os trabalhos dos bombeiros.

A Aeronáutica ainda não se manifestou sobre o encontro do automóvel e dos restos mortais. 

Relembre o caso

No dia 3 de maio deste ano, Mirian saiu do apartamento, no Prado, região Oeste de BH, deixando para trás roupas, objetos pessoais e celular. A mulher pegou apenas a carteira militar e a carteira de motorista.

Ela deixou uma carta no imóvel em que, segundo a irmã Beatriz Rodrigues Tavares, escreveu que estava muito triste, mas não sabia o motivo.

“Pensamos que ela pegaria a estrada para espairecer, como estava acostumada a fazer algumas vezes, e voltaria para casa, mas isso não aconteceu”, explicou Beatriz na época.

Além disso, conforme familiares, nos meses que antecederam o sumiço, a tenente apresentava um comportamento diferente. Na Páscoa, última vez que a militar esteve em Varginha para visitar os familiares, Beatriz notou que a irmã estava muito calada. Ela foi questionada se teria acontecido alguma coisa, mas disse que estava tudo bem.

Mirian é uma pessoa muito reservada, e a família não tinha conhecimento de nenhum envolvimento amoroso da tenente.
 

Atualizada às 10h20

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