A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (2) um jovem, de 19 anos, suspeito de agredir um idoso, de 72 anos, até a morte durante roubo na zona rural de Cabeceira Grande, no Noroeste do Estado. O corpo da vítima foi deixado no corredor da casa coberto com um lençol. Depois do crime, o homem e um outro comparsa foram a um bar gastar parte do dinheiro roubado com bebidas alcoólicas.
Segundo a delegada Gabriela Mol Camara da Costa, responsável pela delegacia especializada em roubos e furtos de Unaí, o idoso foi agredido até a morte por mais de quatro horas. Foram levados R$ 2 mil da vítima, pacotes de arroz, feijão e uma bicicleta.
"A vítima era conhecida por emprestar dinheiro as pessoas. Sabendo disso, os homens invadiram a casa e já entraram dando uma gravata no pescoço do idoso. Durante todo o tempo que ficaram na casa, a vítima foi agredida com socos e chutes até contar onde escondia o dinheiro. Para os vizinhos não escutarem os gritos, eles amarraram um pano na boca da vítima. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda quando os suspeitos estavam na casa", explicou a delegada.
O crime aconteceu no último dia 26 e após diligências, a Polícia Civil encontrou um dos suspeitos, que confessou o crime. Como o idoso morava sozinho, o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição dois dias após o crimes quando vizinhos sentiram um mal cheiro vindo casa e acionaram a polícia.
"O suspeito narrou com detalhes tudo que aconteceu. Após encontrar o dinheiro e levar celulares, bicicleta e até mantimentos, pacotes de arroz e feijão da vítima, os homens arrastaram o corpo por um corredor e cobriram com um lençol", contou a delegada.
"Comemoração"
De acordo com a delegada, após o crime, os suspeitos foram para casa, trocaram de roupa e se encontraram em um bar. "Foram gastar parte do dinheiro como se nada tivesse acontecido", ressaltou.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Gabriela Mol Camara da Costa, o suspeito, de 19 anos, já havia sido detido quando era menor de idade por uma tentativa de latrocínio contra um idoso de 81 anos, em 2017. Na época, ele ficou um ano em um Centro Socioeducativo.
Investigação.
A Justiça expediu um mandado de prisão temporária também contra um homem, de 34 anos, que participou do latrocínio. O suspeito ainda não foi encontrado.
Segundo a delegada, o homem é do Distrito Federal e estava passando o feriado de Carnaval na cidade.
Se condenados os suspeitos podem pegar entre 20 a 30 anos de prisão.