Nelson Hungria

Justiça condena 15 pessoas por esquema de soltura ilegal de presos na Grande BH

Grupo atuava principalmente no Complexo Penitenciário Nelson Hungria

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 19 de março de 2024 | 08:00
 
 
 
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A Justiça de Minas Gerais condenou nessa segunda-feira (18) 15 pessoas por envolvimento em esquema de solturas ilegais de presos em Belo Horizonte e região metropolitana. As denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apresentou evidências de crimes de organização criminosa, falsificação de documentos, inserção de dados falsos em sistemas de informações e lavagem de dinheiro, que ocorriam, ao menos, desde 2015. Os réus foram condenados a penas que variam de dois anos de reclusão a até mais de 17 anos de prisão.  

O grupo contava com a participação de um advogado, estagiário, investigadores de polícia, agentes penitenciários e o presidente de uma associação relacionada à assistência a presos de Contagem, entre outros cidadãos. 

Segundo o MPMG, os envolvidos providenciavam, mediante pagamento, a criminosa soltura de presos de estabelecimentos prisionais da região metropolitana, em especial do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, por meio da inserção de dados falsos em sistemas de cadastros dos órgãos de segurança pública estaduais. 

“Cada um dos membros tinha uma função específica, a qual se relacionava com as atividades profissionais exercidas por cada um dos criminosos”, diz trecho da denúncia. Todos os crimes cometidos pela organização se davam por meio do registro de falsas certidões de desimpedimento ou de alvarás de soltura. 

O procedimento criminal, presidido pelo MPMG, foi instaurado no início de 2018, em razão do recebimento de notícia de que um traficante, já investigado pelo Gaeco, havia sido solto indevidamente de estabelecimento prisional localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. 

Com a realização das diligências investigatórias, constatou-se que a soltura investigada pelo Ministério Público era apenas uma de muitas, executada por verdadeira empresa criminosa, que atuava falsificando informações dos sistemas eletrônicos das forças de segurança pública, visando à soltura de presos, mediante pagamento de propina.

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