Decisão

Justiça nega devolução de moto emprestada para suposto tráfico de drogas em BH

O pedido de entrega do bem foi feito pelo Ministério Público (MPMG) depois que a proprietária do veículo alegou que emprestou a moto para o suspeito ir ao açougue

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 24 de abril de 2024 | 12:47
 
 
 
normal

A Justiça de Minas Gerais negou a devolução de uma motocicleta apreendida durante uma ocorrência de tráfico de drogas em janeiro deste ano, na vila Fazendinha, no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O pedido de entrega do bem foi feito pelo Ministério Público (MPMG) depois que a proprietária do veículo alegou que emprestou a moto para o suspeito ir ao açougue. 

O caso veio à tona no início de fevereiro, quando um homem de 34 anos denunciou ter sido espancado por três policiais militares, no dia 28 de janeiro, durante uma abordagem policial na vila Fazendinha, no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A ação dos policiais foi filmada por moradores do local.

À época, a Polícia Militar disse que se tratava de uma ocorrência para combate ao tráfico de drogas. Durante um patrulhamento de rotina, os militares visualizaram o suspeito na motocicleta com um rádio comunicador. Foi dado ordem de parada, mas o suspeito tentou fugir. Ele acabou perdendo o controle do veículo, caiu e foi preso pela PM. 

Com ele, os agentes encontraram 30 pedras de crack, 300 pinos de cocaína, 205 buchas de maconha, a quantia de R$240,00 e um rádio comunicador. O suspeito foi preso e encaminhado para delegacia, assim como os ilícitos e a moto, que foram apreendidos. 

Na última sexta-feira (19), a proprietária da moto entrou com pedido, junto ao MPMG, solicitando a restituição do veículo. Segundo a mulher, a moto não possui origem ilícita e está com os documentos em dia. Ela afirmou ainda que havia emprestado o veículo para o suspeito ir ao açougue, situação que teria sido confirmada pelo suspeito em depoimento. No caminho até o açougue, segundo o suspeito, ele foi abordado pelos policiais militares.

Apesar das alegações, a Justiça negou a restituição do bem. Segundo decisão do juiz da 3ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte, Leonardo Vieira Rocha Damasceno, o referido veículo estava sendo utilizado para prática de crime de tráfico de drogas, o que impede a restituição do bem.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!