Greve

Kalil diz que nova proposta salarial será apresentada aos professores no dia 2

Categoria definirá sobre proposta em assembleia no dia 3

Por Rafaela Mansur e Letícia Fontes
Publicado em 25 de abril de 2018 | 19:16
 
 
 
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A Prefeitura de Belo Horizonte prometeu estudar e apresentar uma proposta de valorização dos professores da educação infantil, em greve desde a última segunda-feira, em 2 de maio. No dia seguinte, a categoria vai realizar uma assembleia para avaliar a oferta e decidir os rumos do movimento – até lá, a greve continua. O calendário foi definido nesta quarta-feira (25), após reunião entre o prefeito Alexandre Kalil (PHS) e representantes do sindicato dos professores. Enquanto isso, a tramitação do Projeto de Lei 442/ 2017, que prevê reajuste salarial para educadores com nível superior, será paralisada na Câmara.

Segundo Kalil, a prefeitura vai apresentar uma proposta “dentro da realidade”. “Não adianta, nós não vamos quebrar a prefeitura. O planejamento vai estudar um número que se paga com responsabilidade”, afirmou. “Não há motivo para não estudar o reajuste dos professores com carinho, porque sabemos a importância da classe”, completou o prefeito. Ele não adiantou valores, mas garantiu que o reajuste não será escalonado.

Kalil reconheceu que se reuniu nesta quarta com verdadeiros educadores e concordou com a continuidade da greve, que considerou legítima, até a próxima semana. “São professores que frequentam a sala de aula e não têm interesse em tumultuar a cidade, e sim em ter suas reivindicações estudados”, disse. “Os acontecimentos afloraram muito os ânimos. Não temos a menor condição psicológica de voltar imediatamente às aulas, e nem a prefeitura quer isso, tem um feriado aí. Vamos ficar estudando (a proposta)”.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede) e professora da educação infantil, Evangely Albertini, disse que a categoria aguada “ansiosa” a proposta da prefeitura. Os trabalhadores reivindicam a equiparação de carreira e salário com profissionais do ensino fundamental. “A educação infantil merece valorização. Nós fazemos um serviço de excelência na cidade, somos graduadas e pós-graduadas e merecemos isso”, pontuou.

Segundo ela, enquanto o piso salarial inicial na carreira da educação infantil é de cerca de R$ 1.450, no ensino fundamental os professores recebem em torno de R$ 2.200. No início da semana, Kalil disse que o salário médio do professores da educação infantil recebem uma média de R$ 3.400, considerando os que cumprem dois turnos. “Não podemos pensar, na perspectiva da educação, o professor trabalhar dois, três turnos para compor a renda. Isso não vai levar a uma educação de excelência, e sim ao adoecimento do professor e à precarização d trabalho”, disse.

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